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  • Na Igreja catolica ainda existe Padres inteligentes

     

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    O padre Manuel Costa Pinto – um dos raros presbíteros que assumiram votar ‘sim’ no referendo – foi ontem acarinhado pelos seus conterrâneos na altura em que votou, na Escola Primária de Almofala, no concelho de Castro Daire
     

     “Bem-disposto”, “determinado” e “convicto” das razões que o levaram a optar pela resposta positiva à pergunta do referendo, o sacerdote levantou-se cedo (08h00) e fez--se à estrada. De Viseu (onde reside) a Almofala (aldeia onde está recenseado) distam 40 quilómetros, ontem percorridos debaixo de forte temporal. Manuel Costa Pinto, de 79 anos, disse que “não podia faltar à votação” e estava com “certa expectativa” para ver como é que os habitantes da sua terra natal o recebiam.

    “É normal que os meus ex-paroquianos não concordem comigo mas eu estou à vontade e convicto da opção que tomei”, disse ao CM na altura em que se aproximava da mesa de voto.

    Os membros da mesa e os eleitores que se cruzaram com ele acarinharam-no com abraços e beijos. No entanto, segundo disse Natividade Morais, “algumas idosas da aldeia ficaram chateadas com aquilo que ele disse”. “Mas ele – o padre – sempre foi uma pessoa directa”, acrescentou a dona do café.
    Luís Oliveira, Viseu

     

     Noticia completa : Correio da manha

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  • Rancho Folclorico - Os Ribatejanos de Saint Ouen 93

     
     
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  • Ruinas de Conimbriga - 1 -

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  • Ruinas de Conimbriga - 2 -

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  • Ruinas de Conimbriga - wikipedia

    Conímbriga

    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

    (Redirecionado de Conimbriga)
    Ruínas de Conímbriga
    Ruínas de Conímbriga

    Conímbriga, cidade do Conventus Scallabitanus, província romana da Lusitânia, perto de Condeixa-a-Nova, onde se encontra um vasto campo de ruínas.

    Muitos sugerem que Conímbriga tinha origem num castro de origem celta da tribo dos Conii. O que se sabe ao certo, é que Conímbriga foi ocupada pelos romanos nas campanhas de Décimo Junio Bruto, em 139 a.C.. No reinado do imperador César Augusto (século I), a cidade sofre importantes obras de urbanização, tendo sido construídas as termas públicas e o Forum. Nos finais do século IV, e com o declínio do Império Romano, é construída uma cintura muralhada de defesa urbana, com cerca de 1500m de extensão, possivelmente para substituir e reforçar a muralha antiga, do tempo de Augusto. A maneira um tanto rústica como está construida denota uma certa urgência na sua construção, evidenciando um clima de tensão e de eminentes ataques, por parte dos povos bárbaros. Em 468 os Suevos assaltam a cidade e destroem parte da muralha. A partir de então, Conímbriga começa a desertificar, acabando por perder o seu estatuto de sede episcopal para Aeminium (Coimbra), que possuia melhores condições de defesa e sobrevivência. Os habitantes que ficaram, fundaram Condeixa-a-Velha, mais a norte.

    Em escavações de 1913, encontraram-se testemunhos da época do ferro, a eles podendo juntar-se peças de pedra e bronze que podem fazer recuar o início da povoação do local. As referências em fontes literárias antigas são poucas: ao descrever a Lusitânia, a partir do Douro, Caius Plinius Secundus refere-se a oppida Conimbriga; o Itinerarium de Antonino, menciona-a como estação viária na estrada que liga Olisipo (Lisboa) a Bracara Augusta (Braga).

    Depois das invasões bárbaras a vida continua na cidade como prova uma inscrição do século VI, testemunho da era visigótica e árabe. As moedas visigodas são cunhadas em Aeminium, cidade que tirou o poderio a Conímbriga, e para ela se transfere a sede episcopal, embora nos Concílios até ao século VII continue a aparecer o bispo da cidade. As primeiras escavações com sequência começaram em 1899 graças a um subsídio concedido pela rainha D. Amélia. A partir de 1955 o ritmo das investigações intensificou-se. Conímbriga é uma das raras cidades romanas que conserva a cintura de muralhas, de disposição quase triangular. O tramo Norte-Sul das muralhas corta a cidade em duas zonas. Particularmente notável pela planta e pela riqueza dos mosaicos que a pavimentam, é a grande villa urbana com peristilo central, a norte da via. Em trabalhos junto à muralha sul foi descoberto um grande edifício cuja finalidade seriam termas públicas, com as suas divisões características. Os abundantes materiais arqueológicos de toda a espécie, que não era possível conservar no local encontram-se no Museu Monográfico de Conímbriga. Conimbriga fica situada a 17 km de Coimbra, na freguesia de Condeixa-a-Velha (concelho de Condeixa-a-Nova).

    Conímbriga foi uma antiga cidade romana localizada ma via militar que ia de Olisipo (Lisboa) a Bracara Augusta (Braga). É a estação arqueológica romana melhor estudada em Portugal. Entre os vários escavadores desta cidade há a salientar o nome de Virgílio Ferreira que fez um estudo sistemático desta cidade. Entre 1930 e 1944 (ano da sua morte) escavou toda a área contígua à muralha leste, descobrindo, extramuros, umas termas públicas e três vivendas, entre as quais há a destacar a chamada Casa dos Repuxos, com uma área de 569 m2 pavimentada de mosaicos e com um jardim central onde se conservava todo um sistema de canalizações com mais de 500 repuxos. Na zona interna à muralha a escavação revelou uma basílica paleocristã, uma luxuosa vivenda com termas privativas. As escavações revelaram um fórum augustano demolido na época dos Flávios, altura em que a cidade recebeu um estatuto municipal, para dar lugar a um novo fórum de maiores dimensões e monumentalidade; umas termas também construídas no reinado de Augusto. Entre estes sectores monumentais foi escavada uma zona habitacional, da época claudiana, constituída por insulae que seria ocupada pela classe média da população ligada ao artesanato. A partir de uma nascente localizada em Alcabideque a água era conduzida até Conimbriga por um aqueduto.

     

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  • As mulheres portuguesas ganharam o direito de abortar

    Para as mulheres Portuguesas hoje foi um dia historico.

    Ganharam o direito de abortar nas primeiras semanas de gravides.

     Se a Igreja estivesse calada so tinha ganho na sua imagem face aos Portugueses.

     

    Viva Portugal 

    OS NÚMEROS

    ELEITORES QUE SE ABSTIVERAM - 4 981 015

    ELEITORES QUE VOTARAM - 3 851 613

    SIM - 2 238 053

    NÃO - 1 539 075
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  • Um livro com os pontos positivos da emigracao em frança

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    Portugais et population

    d'origine portugaise

    en France
    par Jorge Rodrigues-Ruivo


    Une vision très positive de l'immigration portugaise en France présentée à l'aide de nombreuses statistiques.

    « Cet ouvrage vient corriger certains clichés que l'on peut avoir sur l'immigration portugaise en France.

    En effet : on peut y lire que, contrairement à ce que l'on pourrait croire, on ne peut "encadrer complètement les Portugais dans le schéma de l'intégration ou de l'assimilation, planifié dans les diverses orientations données aux politiques d'immigration".

    On y découvre aussi l'importance politico-financière de cette immigration : "en 1999 avec près de 7 milliards de francs (1,07 milliards d'euros) par an, les transferts à destination du Portugal représentaient environ 40 % du total des montants transférés par l'ensemble des immigrés vivant en France".

    Et, contrariant les divers clichés sur les Portugais de France, on se surprendra à lire que, déjà en 1990, les ménages portugais avaient, en moyenne, des salaires supérieurs de 20 % à ceux des ménages français !

    Le livre présente la plus complète collection de statistiques jamais réunies dans ce type d'ouvrage : recensements, localisation, caractéristiques socio-professionnelles, entreprises, nouvelles générations nées en France, ... ainsi qu'une prospective de la communauté portugaise en France. Le livre analyse aussi les points problématiques ou remarquables comme; la perte de la langue portugaise entre les générations, l'évolution du niveau de la scolarité, la particularité des salaires des ménages portugais en France, l'amélioration des conditions de vie, il fait aussi référence au problème des retraites, confirme l'importance du mouvement associatif, .... rappel l'importance des transferts des immigrés reçus au Portugal et conclu sur le "ciment" qui uni toute la communauté en France : "la langue et la culture portugaise". Ce livre est un travail de grande envergure qui présente la communauté portugaise sous un aspect qui tend à confirmer que l'immigration portugaise en France a connu un destin différent des autres immigrations (polonaises, italiennes, espagnoles, nord africaines,...). » (communiqué de l'auteur)

    Sur la Toile

    Jeunes Portugais et d'origine portugaise dans la région parisienne un enquête de Jorge de La Barre (CapMagellan)

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      Texte traduit automatiquement :
       
    Uma visão muito positiva do immigration Portuguese em France apresentou-se usando muitos statistics. “Este trabalho vem corrigir determinados stereotypes que um pode ter no immigration Portuguese em France. Certamente: se pode ler lá que, ao contrário de o que se poderia acreditar, um não pode “completamente frame o português no diagrama da integração ou do assimilation, de planeamento nas várias orientações dadas às políticas do immigration”. Um descobre lá também a importância politico-financeira deste immigration: “em 1999 com os quase 7 bilhão franquia (1.07 bilhão euros) por o annum, transferências limitam para Portugal esclareceram aproximadamente 40% do total das quantidades transferidas pela unidade dos immigrants que vivem em France”. E, opondo os vários stereotypes no português de France, se surpreender-se-á oneself com leitura que, já em 1990, as casas Portuguese tiveram, na média, dos salários mais altamente de 20% do que aqueles das casas francesas! O livro apresenta a coleção a mais completa dos statistics juntados sempre junto neste tipo de trabalho: censuses, localization, características socio-professional, companhias, gerações novas carregadas em France,… as well as um futurology da comunidade Portuguese em France. O livro analisa também os pontos problematic ou notáveis como; a perda da língua Portuguese entre as gerações, a evolução do nível de educar, a característica dos salários das casas Portuguese em France, a melhoria da vida condiciona, ele consulta também ao problema das aposentadorias, confirma a importância do movimento associativo,…. recordar a importância de transferências dos immigrants recebidos a Portugal e conclídos no “cimento” que liso toda a comunidade em France: “a língua e a cultura Portuguese”. Este livro é um trabalho da escala grande que apresenta a comunidade Portuguese sob um aspecto que tenda a confirmar que o immigration Portuguese em France soube um destiny diferente de outros immigrations (lustrador, italiano, espanhóis, para o norte africano,…). ” (comunicado do autor) com visão muito positiva do immigration Portuguese em France apresentou-se usando muitos statistics. “Unquestionable este trabalho vem corrigir os stereotypes que uma borda corta um immigration Portuguese em France. Certamente: uma borda leu lá que, se opuseram o que se poderia acreditar, a uma não pode “completamente frame o português no diagrama do ouro da integração o assimilation, de planeamento nas várias orientações dadas às políticas do immigration”. Um descobre lá também a importância politico-financeira deste immigration: “em 1999 com os quase 7 bilhão franquia (1.07 bilhão euros) por o annum, transferências limitam para Portugal total esclareceram aproximadamente 40% do das quantidades transferidas pelas ligações do quarto vivo immigrant em France”. E, opondo o vário stereotype um o português de France, uma vontade surpreendeu-se oneself com leitura que, já em 1990, as casas Portuguese tiveram, uma média, dos salários mais altamente de 20% do que aqueles das casas francesas! O presente do livro que o a maioria suplementa a coleção padrão dos statistics juntou sempre junto neste do trabalho: os censuses, localization, características socio-professional, companhias, gerações recém-nascidas em France,… têm bom ter têm o futurology da comunidade Portuguese em France. O livro analisa também os pontos notáveis do ouro problematic como; a perda da língua Portuguese entre as gerações, a evolução do nível de educar, a característica dos salários das casas Portuguese em France, a melhoria das condições do quarto da vida, consulta também ao problema das aposentadorias, confirma a importância associativa do movimento,…. recordar a importância de transferências do immigrant recebido Portugal e ao conclído “cimento” que cimentam o poço toda a comunidade em France: “a língua e a cultura Portuguese”. Este livro tem o trabalho da escala grande que apresentam a comunidade Portuguese sob o aspecto do ano que apertam para confirmar que o immigration Portuguese em France soube tem o destiny diferente de outros immigrations (lustrador, italiano, espanhóis, para o norte africano,…). ” (comunicado do autor)
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  • UM DOMINGO NA ASSOCIAÇÃO

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    UM DOMINGO NA ASSOCIAÇÃO

     

     

     

    Em cima, à esquerda

    As Associações portuguesas firam desde o início Centros de Convívio. Ao princípio havia só homens, vinham depois do trabalho, empurrados pela saudade, pelo desenraizamento. Nessa altura lembravam-se que estavam sós, longe da família em Portugal.

     

    Ao centro, à esquerda

    Os emigrantes portugueses tiveram sempre, em relação aos serviços sociais ou de acção sócio-cultural, uma atitude de os evitar. Essa atitude levou-os a criar as suas próprias redes associativas de convívio e de entre-ajuda.

     

    Ao centro

    Separados da sua aldeia, pequena mas calorosa, mergulhados brutalmente num meio urbano impessoal, privados de um qualquer enquadramento, os portugueses começam a reunir-se nas suas Associações.

    Para muitos deles, as Associações vieram a ser a única estrutura intermédia e formalizada, entre a família (restrita) e a sociedade francesa.

    Ao centro, em baixo

    Tudo isto foi favorecido por uma característica da herança cultural do fascismo português: a glorificação da nação e do seu império, através da exaltação chauvinista da terra.

     

    Em cima, à direita

    Os momentos mais importantes da primeira fase da criação de Associações, situam-se pouco tempo depois da chegada massiva das mulheres, vindas ao encontro dos seus maridos.

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  • A VIRGEM NOSTALGIA

     

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    A VIRGEM NOSTALGIA

     

     

    À esquerda

    A igreja francesa teve um papel importante de substituição, ao nível do acolhimento dos portugueses e do apoio necessário à criação de associações.

    As paróquias foram, talvez, os primeiros espaços de reencontro dos portugueses, e por vezes, também , o meio de abertura com a sociedade envolvente.

    Mas, “as missões católicas portuguesas”, verdadeiros consulados religiosos do país, entenderam preservar, aqui, uma identidade sócio-religiosa que contribuiu largamente para pôr de joelhos o povo português.

    Malgrado alguns conflitos, a igreja francesa não foi capaz de afrontar o “nacional-catolicismo” português.

    Depois de 1974, as missões católicas desapareceram e, com a criação da Pastoral dos Emigrantes e da “Aumônerie” portuguesa, a igreja pretende encorajar a tomada de responsabilidades dos trabalhadores portugueses na vida colectiva, nas suas organizações e no dia-a-dia da igreja em França.

     

    Em cima à direita

    Paris, Maio de 1964:5.000 portugueses desfilam atrás da bandeira nacional e da virgem. Uma cópia das grandes manifestações de Fátima.

    Em baixo, à direita

    A criação em 1966, pela diocese de Paris, do Jornal “Presença Portuguesa”, é uma tentativa de despertar os portugueses para a realidade da emigração e fazer recuar o obscurantismo religioso. Mas, em meados dos anos 80, “Presença Portuguesa”, acaparada pela igreja portuguesa, reduziu a sua existência unicamente à comunidade portuguesa.

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  • UMA NOVA FAMÍLIA

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    UMA NOVA FAMÍLIA

     

     

    Em cima à esquerda

    Foi depois dos acontecimentos de Maio de 1968. Não fomos muito bem aceites, porque éramos uma Associação de portugueses, com um Comité de portugueses.

    Os documentos da Associação foram entregues na “Prefecture”, seguiram para o tribunal e, em seguida, para o Ministério. Tudo isto durou um ano.

     

    Ao centro

    Fomos de passeio ao monte de Sainte-Odile, em 1968, éramos quase 900 pessoas, de toda a Alsácia. Era a primeira vez que os portugueses de uma região se encontravam.

    Ao centro, em baixo

    Pessoas da mesma aldeia de Portugal encontravam-se. Elas pensavam estar longe umas das outras e só estavam a 50 km de distância. Foi um dia maravilhoso de convivio.

     

    Em baixo, à esquerda

    Foi nesta altura que chegaram massivamente portugueses. Os recém-chegados não tinham alojamento. Pouco tempo depois arranjámos uma velha casa, na qual criámos um primeiro centro de acolhimento para os que chegavam.

     

    Título:A Amicale dos portugueses inaugurou o seu Centro.

     

    Em baixo, à direita

    Título:

    “O PORTUGUESES DE COLMAR ONTEM E HOJE”

    Mil dificuldades a resolver, antes de acolher a mulher e os filhos

     

    Nós vivíamos felizes no nosso Centro. Todos os dois meses organizávamos festas, mais para nos encontrarmos. Antes eu via os meus companheiros tristes. Quando se encontravam no nosso local, com um pouco de música portuguesa, ficávamos felizes.

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  • A VIDA EM COLMAR

     

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    A VIDA EM COLMAR

     

    À esquerda

    São mais de 2000 em Colmar.

    Os portugueses: seus problemas, seus projectos, suas actividades...

     

    Princípios de 1967

    432 portugueses em Colmar. Isolados. Sem família. 

    Romper o isolamento. Fazer uma nova família. É um pouco o que esteve na origem da criação da Amicale dos portugueses em Colmar.

    Jornal, Derniére Nouvelles da Alsacia, 25 Novembro 1971

     

    Ao meio, à esquerda

    Um dia um português colou na parede do nosso quarto um papel onde estava escrito: “Cantinho da Saudade”. Fiquei muito comovido; a minha casa era o canto da amizade, a casa de toda a gente. Era uma grande família.

     

    Ao meio, em cima

    Foi em 1964 que Manuel “desembarcou” clandestinamente em França, depois de uma viagem que durou um mês. Tinha 18 anos “fisicamente ainda éramos homens, psicologicamente já éramos seres humanos”. O comboio levou-o até Lião onde arranjou trabalho. “O inverno 1964-65 foi atroz, eu vivia em condições desumanas”. Ficou doente e teve de ser operado. “Durante um mês, ninguém me veio ver”. A primavera chegou e ele decidiu ir ao encontro do seu irmão em Colmar. “Estava farto de viver só, tinha medo... na fábrica onde trabalhava, em Lião, em sete meses nunca houve contactos entre mim e os operários ”. Em Colmar, “vivíamos 9 numa barraca... uns comiam às 7 horas, outros às 11 horas, porque era preciso esperar a sua vez”.

    Em Junho de 1966, ele parte para o Havre, para frequentar um estágio FPA (Formação Profissional Acelerada), depois trabalhou em Tours e em Estrasburgo. Em Novembro de 1967, voltou para Colmar.

     

    Cima, à direita

    Arranjei um pequeno quarto, numa velha casa onde vivia outro português.

    O meu quarto transformou-se rapidamente num centro de acolhimento.

     

    Ao centro, à direita

    Toda a gente vinha, para que eu escrevesse uma carta em francês ou para beber um copo; uns jogavam às cartas, outros ouviam música portuguesa. Ou, simplesmente, vinham para se encontrar entre amigos.

     

    Baixo, à direita

    No Natal de 1967, a paróquia de Saint-Martin em Colmar, organizou uma festa portuguesa. O padre contactou-me, fomos ver as famílias portuguesas.

    Foi uma grande festa, com quase 400 pessoas.

    Cantámos e comemos. Havia um ambiente de amizade.

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  • Quando vem a saudade

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    Quando vem a saudade, o fado estende-se em longos suspiros

    BLUES DOS ANOS 60

     

    À direita

    A IMPRENSA UNÂNIME

    -          É um período dramático para alguns. Perdendo a esperança, sofrendo o brutal desaparecimento dos entes queridos que ficaram em Portugal, muitos choram lágrimas sentidas diante dos seus camaradas e morrem de desejo de voltar ao país.

    Jornal “Derniéres Nouvelles dÀlsace”, 25 Novembro 1971

    -          Uma só voz sem revolta, nem queixa, nem desgosto. Um pouco cansado, quando as palavras que lhe vêm são francesas, com as lágrimas quase a cair quando se lhes fala dos filhos, mas juntos, diante de mim, eles os dois dizem: é a vida!

    Jornal Syndicalismo Hebdo, 1968

    -          Nesse pequeno lugar dos arredores, pequena capital do Portugal emigrado, o viajante encontrou, como os seus predecessores, a língua natal e os costumes nacionais. Um pouco de calor humano também lhe tornava menos triste e desenraizamento.

    Jornal Fígaro, 14 Janeiro 1968

    -          São rurais que não gostam da cidade e que reconstituem, nesta terra francesa, a aldeia ou a região de onde vêm. O longínquo Portugal renasce nessas “cortinas de pérolas” que decoram as suas portas, algumas flores, esse magro jovem que toca fados no acordeão, cercado de outros homens magros, vestidos de negro.

    Jornal “Les Echos”, 1 Outubro 1964

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  • UMA PERSONAGEM CURIOSA

     

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    UMA PERSONAGEM CURIOSA

    Texto à esquerda

    Eles são dóceis, disciplinados, tantas vezes zelosos, demasiado satisfeitos de serem tolerados.

    De qualquer forma haverá sempre a possibilidade de os mandar de volta, em vagões cheios, se por acaso a taxa de desenvolvimento baixar.

    “Eles nunca comprometem as perspectivas de emprego dos jovens franceses, escreve o Paris Press. Bem pelo contrário : graças a eles, a população francesa terá ainda mais empregos, mas empregos mais “nobres”.

    Jornal France-Observateur, 20 Agosto 1964

     

    Texto à direita

    Estamos fartos de conviver com esta população que enche de dia para dia os nossos autocarros e os nossos passeios (parece que há mais de 20 mil em Champigny-Coelhy, o que é mais de 1/5 da nossa população de que você está tão orgulhoso). Portugueses que são sujos, que cospem para o chão, que mijam sem pudor diante das nossas jovens, que não têm nenhuma educação, que são um atentado à higiene pública, que são fonte de constantes epidemias devido às condições miseráveis em que mais de ¾ deles vivem. E tudo isto para quê? Para enriquecer aqueles que os meus vizinhos e outros chamam os “negreiros”. Que os trazem clandestinamente e para enriquecer igualmente algumas “personalidades” da Câmara...

    Carta enviada ao Presidente da Câmara de Champigny Sur Marne, 24 Março 1965

     

    Banda Desenhada

    Um português faz cá um barulho!..

    É sujo!

    É perigoso!

    Cheira mal!

    Portugal, não deve ser um lindo país...

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