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A VIDA EM COLMAR

 

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A VIDA EM COLMAR

 

À esquerda

São mais de 2000 em Colmar.

Os portugueses: seus problemas, seus projectos, suas actividades...

 

Princípios de 1967

432 portugueses em Colmar. Isolados. Sem família. 

Romper o isolamento. Fazer uma nova família. É um pouco o que esteve na origem da criação da Amicale dos portugueses em Colmar.

Jornal, Derniére Nouvelles da Alsacia, 25 Novembro 1971

 

Ao meio, à esquerda

Um dia um português colou na parede do nosso quarto um papel onde estava escrito: “Cantinho da Saudade”. Fiquei muito comovido; a minha casa era o canto da amizade, a casa de toda a gente. Era uma grande família.

 

Ao meio, em cima

Foi em 1964 que Manuel “desembarcou” clandestinamente em França, depois de uma viagem que durou um mês. Tinha 18 anos “fisicamente ainda éramos homens, psicologicamente já éramos seres humanos”. O comboio levou-o até Lião onde arranjou trabalho. “O inverno 1964-65 foi atroz, eu vivia em condições desumanas”. Ficou doente e teve de ser operado. “Durante um mês, ninguém me veio ver”. A primavera chegou e ele decidiu ir ao encontro do seu irmão em Colmar. “Estava farto de viver só, tinha medo... na fábrica onde trabalhava, em Lião, em sete meses nunca houve contactos entre mim e os operários ”. Em Colmar, “vivíamos 9 numa barraca... uns comiam às 7 horas, outros às 11 horas, porque era preciso esperar a sua vez”.

Em Junho de 1966, ele parte para o Havre, para frequentar um estágio FPA (Formação Profissional Acelerada), depois trabalhou em Tours e em Estrasburgo. Em Novembro de 1967, voltou para Colmar.

 

Cima, à direita

Arranjei um pequeno quarto, numa velha casa onde vivia outro português.

O meu quarto transformou-se rapidamente num centro de acolhimento.

 

Ao centro, à direita

Toda a gente vinha, para que eu escrevesse uma carta em francês ou para beber um copo; uns jogavam às cartas, outros ouviam música portuguesa. Ou, simplesmente, vinham para se encontrar entre amigos.

 

Baixo, à direita

No Natal de 1967, a paróquia de Saint-Martin em Colmar, organizou uma festa portuguesa. O padre contactou-me, fomos ver as famílias portuguesas.

Foi uma grande festa, com quase 400 pessoas.

Cantámos e comemos. Havia um ambiente de amizade.

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