A VIRGEM NOSTALGIA
À esquerda
A igreja francesa teve um papel importante de substituição, ao nível do acolhimento dos portugueses e do apoio necessário à criação de associações.
As paróquias foram, talvez, os primeiros espaços de reencontro dos portugueses, e por vezes, também , o meio de abertura com a sociedade envolvente.
Mas, “as missões católicas portuguesas”, verdadeiros consulados religiosos do país, entenderam preservar, aqui, uma identidade sócio-religiosa que contribuiu largamente para pôr de joelhos o povo português.
Malgrado alguns conflitos, a igreja francesa não foi capaz de afrontar o “nacional-catolicismo” português.
Depois de 1974, as missões católicas desapareceram e, com a criação da Pastoral dos Emigrantes e da “Aumônerie” portuguesa, a igreja pretende encorajar a tomada de responsabilidades dos trabalhadores portugueses na vida colectiva, nas suas organizações e no dia-a-dia da igreja em França.
Em cima à direita
Paris, Maio de 1964:5.000 portugueses desfilam atrás da bandeira nacional e da virgem. Uma cópia das grandes manifestações de Fátima.
Em baixo, à direita
A criação em 1966, pela diocese de Paris, do Jornal “Presença Portuguesa”, é uma tentativa de despertar os portugueses para a realidade da emigração e fazer recuar o obscurantismo religioso. Mas, em meados dos anos 80, “Presença Portuguesa”, acaparada pela igreja portuguesa, reduziu a sua existência unicamente à comunidade portuguesa.