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PT - Portugal Info - Page 6

  • Adeus ao jornalista João Mesquita

    • Morreu esta madrugada, vítima de cancro, o jornalista João Mesquita, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas e jornalista do Público desde à sua fundação até 31 de Agosto de 1993.João Mesquita foi o principal autor do texto que deu a primeira manchete do PÚBLICO, em 5 de Março de 1990, que tinha por título “Cunhal: resistir até ao fim" (Última Hora Público).

    A última vez que me cruzei com ele foi num fim de tarde frio, no El Corte Inglés, aquando do lançamento do livro Espaços Perdidos. Coimbra, coordenado por João Figueira (ver aqui), em 16 de Dezembro de 2008.

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  • Corpo de Afonso Tiago encontrado

    O corpo de Afonso Tiago foi descoberto esta sexta-feira no rio Spree, a montante da ponte Schilling, em Berlim, confirmou a secretária-geral da Rede Judiciária Europeia ao tvi24.pt.

    A procuradora Adélia Martins adiantou que o corpo foi encontrado por um barco das autoridades alemãs e que «não há dúvida» que se trata de Afonso Tiago.

    A responsável disse ainda que a família do jovem já recebeu a notícia, «provavelmente através das autoridades alemãs ou da embaixada portuguesa», e que «ainda se desconhecem as causas e circunstâncias da sua morte».

    As possibilidades de acidente, uma vez que o rio se encontraria gelado no dia 10 de Janeiro, ou crime continuam a ser equacionadas.

    «O corpo vai ser agora autopsiado em Berlim e só depois se saberá realmente o que aconteceu», concluiu.

    Fonte da Secretaria de Estado das Comunidades revelou ao tvi24.pt que «foram encontrados documentos do Afonso Tiago com o corpo», pelo que não restam muitas dúvidas quanto à sua identidade.

    Corpo «não apresentava sinais de violência»

    A autópsia do jovem português Afonso Tiago deverá estar concluída terça ou quarta-feira, disse à Lusa o porta-voz da Polícia daquela cidade alemã.

    Segundo o porta-voz da Polícia de Berlim, o corpo, encontrado no rio Spree por um barco em que se encontravam agentes da Polícia Judiciária berlinense em busca do jovem português, «não apresentava sinais de violência».

    O responsável adiantou que o corpo «foi transportado para o Instituto de Medicina Legal para excluir a possibilidade de ter havido culpa alheia ou se ter tratado de um crime», devendo a autópsia «estar concluída terça ou quarta-feira».

    «Eles viram algo a flutuar, a princípio não conseguiram identificar o que era, mas depois viram que se tratava de um corpo que foi então retirado da água por outro barco da Polícia», explicou.

    «A identificação foi relativamente rápida graças aos documentos que trazia consigo e ao vestuário», acrescentou o mesmo porta-voz, adiantando, no entanto, que vão ser «realizadas mais investigações para ter a certeza sobre a identidade».

    Governo português confirma

    O Governo português confirmou a morte do jovem e adiantou que o seu corpo deve ser autopsiado e libertado na próxima semana. «A Procuradoria alemã vai dar ordem, segunda-feira, para se fazer a autópsia o mais rapidamente possível e o corpo ainda será libertado na próxima semana», disse à Lusa o secretário de Estado das Comunidades, António Braga.

    O governante está na Alemanha a acompanhar a comitiva do Presidente da República, que realiza uma visita de Estado àquele país. De acordo com o secretário de Estado, a família de Afonso Tiago «já está informada».

    Contactado pelo «TVI24.pt», Pedro Ferreira, um colega de trabalho de Afonso Tiago em Berlim, disse que ainda não tem nenhuma informação sobre o corpo encontrado. «O que sei, é o que tenho visto nos sites portugueses e o comunicado da polícia de Berlim», afirmou.

    Já a família de Afonso Tiago não quis falar.

    O mistério do desaparecimento

    Afonso Tiago desapareceu na madrugada de 10 de Janeiro depois de ter saído de uma discoteca com um amigo, do qual se despediu junto à estação ferroviária de Berlim-Ostbahnhof.

    O amigo foi de táxi para casa e ofereceu boleia a Afonso Tiago, que, apesar da noite fria e de estar a quase três quilómetros do seu apartamento, recusou a oferta, preferindo ir a pé.

    Desde então, não apareceu mais em casa nem no trabalho, o que levou os amigos e colegas, habituados a ver em Afonso Tiago uma pessoa muito responsável, que não falta a compromissos sem avisar, a dar o alarme.

    aqui o blog que tem tudo sobre este caso ... clique !!!

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  • Queria que a GNR o matasse a tiro

    Aurélio Góis, de 53 anos, camionista, assume ter protagonizado um caso inédito. "Eu é que fui atrás da GNR e não eles atrás de mim", afirma o homem que ontem de madrugada tentou que a GNR o matasse.

    Aurélio contou que num acto de desespero e álcool a mais, perseguiu um carro-patrulha da GNR de Esposende com a intenção de o abalroar. Acabou numa rua sem saída e mostrou--se com a mão no bolso, simulando ter uma pistola. Para o conseguir deter, os militares disparam cinco tiros para o ar. O procurador abriu inquérito e mandou o homem para casa, aconselhando-o a procurar ajuda psiquiátrica.

    'Matem-me', disse Aurélio aos militares no desfecho da perseguição. Foi detido e o teste de alcoolemia acusou 2,11 gr/l. Ao CM, Aurélio Góis assumiu que premeditou a provocação à GNR. 'Há tempos, fui multado e eles disseram que eu estava drogado e não estava. Só bebo, não me drogo', explicou o camionista que continua com carta de condução.

    A motivação é apenas uma consequência de vários problemas. Aurélio sofre de tuberculose, está de baixa há 14 meses mas não aceita que, depois de 17 anos na estrada, não possa voltar a conduzir os camiões nas viagens até Itália.

    'Não consigo estar em casa, sem trabalhar', disse ao CM, assumindo que abafa a angústia com o álcool. 'Se não posso andar com o carro, deito-lhe o fogo', diz Aurélio que já pediu desculpa à GNR e promete seguir o conselho do procurador. Tratar-se da profunda depressão.

    MULHER COMPREENDE DRAMA

    'Tenho muita pena dele', diz Filomena Góis, mulher de Aurélio. O diálogo entre o casal espelha a paciência de Filomena. 'Os polícias são uns incompetentes', diz Aurélio. 'Pois são, se não já estavas preso', responde Filomena. A mulher do camionista confessa que não consegue que ele deixe de beber nem de fumar. Aurélio também não aceita deixar os vícios, apesar de ter consciência de que sofre de tuberculose e que o tabaco e o álcool só pioram o seu estado de saúde.

    Filomena Góis diz que compreende o drama psicológico que o marido vive. 'Eu ia quase sempre com ele nas viagens e percebo que esteja deprimido por estar aqui, doente e sem poder conduzir. Era a vida dele', conta Filomena.

    'Vou ter de o convencer a ir ao médico para o tratarem da cabeça', desabafa a mulher do camionista.

    Coreeio da manha

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  • Fisco cria cadastro de artistas

    A Administração Fiscal tem um cadastro dos principais artistas nacionais e dos concertos que realizaram em Portugal e no estrangeiro.

    Estas informações vão servir para que o Fisco realize, ainda este ano, várias inspecções a cantores e bandas de música ligeira e a promotores de espectáculos.

    O José Malhoa tinha razão ao dizer que o fisco Português utiliza os vídeos da Net para fazer declarar aos artistas , o dinheiro ganho em concertos no estrangeiro ..

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  • Gondomar - Homem carbonizado dentro de automóvel

    O corpo carbonizado de um homem foi ontem, pelas 21h30, encontrado dentro de um automóvel Rover, junto ao cemitério de Baguim do Monte, em Gondomar.

    A Polícia Judiciária já recolheu fortes indícios de homicídio e vários inspectores ficaram, durante a madrugada, na procura de pistas junto do veículo completamente destruído. O automóvel está registado na freguesia de Avintes, Vila Nova de Gaia, mas a identidade do cadáver encontra-se ainda por desvendar.


    Populares que residem junto ao cemitério de Baguim contaram ao CM um primeiro barulho que lhes pareceu um tiro, antes do carro explodir. “Vinha a conduzir quando vi um forte clarão. Quando cheguei ao cemitério, pensei que era apenas um carro a arder, mas assim que os bombeiros extinguiram o fogo, apercebi-me que estava alguém dentro do automóvel”, relatou a testemunha Tiago Coelho ao Correio da Manhã.

    O corpo carbonizado foi removido, às 01h00, pelos Bombeiros de Ermesinde, numa operação delicada, dado o estado de decomposição em que se encontrava o cadáver.

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  • Uma equipa de formula 1 - Portuguesa ???

    Homem de negócios sul-americano de origem portuguesa, Tony Teixeira é o actual proprietário do campeonato A1GP.

    Mas o homem ambiciona jogar na tribuna dos grandes criando uma equipa de Fórmula 1 com a ajuda do governo português.

    A equipa instalar-se-ia perto do circuito do Algarve à Portimao onde Teixeira comprou do terreno.

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  • Michelle Obama prefere cão de água português

    obama.jpgA primeira dama norte-americana, Michelle Obama, revelou à revista People que a sua preferência para o novo animal de estimação da família recai no cão de água português, escreve a Lusa.

    Apesar de não ter anunciado uma decisão final sobre a raça de cão que irá habitar a Casa Branca, Michelle Obama disse à People, em entrevista a publicar sexta-feira, que a chegada do cão está prevista para depois das férias da Páscoa das filhas.

    Turismo do Algarve quer dar cão de água a Barack Obama

    Michelle Obama confidenciou, no entanto, que a filha Sasha, de sete anos, está convencida de que o cão chega a 1 de Abril.

    A família anda igualmente atarefada com a escolha de um nome para o animal. Entre os nomes já mencionados e descartados figuravam os de Frank e Moose.

    Barack Obama e a mulher prometeram às filhas, Sasha, e Malia de 10 anos, que lhes dariam um cão se o pai fosse eleito Presidente.

    A procura do companheiro de quatro patas para a nova presidência suscita um enorme entusiasmo nos EUA, com os cidadãos a sugerirem várias alternativas, mesmo tendo em conta que Malia tem alergias ao pêlo de cão.

    O presidente reconheceu que a resolução da escolha do cão foi mais difícil que imaginava e recentemente brincou dizendo que «foi mais difícil do que encontrar um secretário do Comércio».

    O cão de água português é apresentado como podendo ser preto, castanho ou branco, com pêlo ondulado ou frisado, e com carcaterísticas de um excelente cão de guarda, mas também de terapia para crianças, doentes ou idosos, segundo o sítio de internet de um clube especializado em raças deste tipo.
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  • Pobre Portugal que nunca mais se livra de tanto ladrão

    Paula Lourenço, advogada de Manuel Pedro e de Charles Smith, dois dos arguidos do processo Freeport, é amiga de José Sócrates e do seu pai, o arquitecto Fernando Pinto de Sousa. Além disso, a advogada, que defendeu José Braga Gonçalves no caso da Universidade Moderna, é também a defensora de Carlos Santos Silva, um empresário muito conhecido da Cova da Beira, também amigo de longa data de José Sócrates.

    Carlos Santos Silva era proprietário da empresa Conegil, que participou no consórcio vencedor da construção e exploração de uma Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos promovido pela Associação de Municípios da região. Este concurso deu origem a um processo que está agora à espera da marcação da data de julgamento na Boa-Hora. Um dos arguidos é Horácio Luís de Carvalho, proprietário da empresa HCL, que adquiriu uma parte do capital da empresa de Carlos Santos Silva , mas que o manteve à frente da Conegil.

    Outro dos arguidos é António José Morais, também amigo de José Sócrates e professor de quatro das cinco cadeiras feitas pelo primeiro-ministro na Universidade Independente. António Morais está acusado dos crimes de corrupção passiva para a prática de acto ilícito e de branqueamento de capitais. Horácio Luís de Carvalho é acusado de crimes de corrupção activa e branqueamento de capitais.

    Paula Lourenço é ainda a advogada da empresa J. Sá Couto, que está a produzir os célebres computadores 'Magalhães' para os alunos portugueses.  C.M.

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  • 'TENHO MEDO! POR ELE E POR MIM'

    Órfãos do crime.

    A mãe foi barbaramente assassinada pelas mãos de quem os devia proteger: o pai. É uma dupla orfandade.
    Raiva e revolta difíceis de ultrapassar.
    E o sistema só no início faculta apoio psicológico.
    As indemnizações não são pagas e as ajudas prometidas esfumam-se com o passar dos dias.
    O DN quis perceber como é que estes jovens e crianças sobrevivem a uma tragédia destas.
    Uma tarefa que o Observatório de Mulheres Assassinadas quer, também, iniciar.
    Para prestar apoio a estas famílias O DN optou por não dizer os nomes verdadeiros dos filhos, à excepção do Francisco, que deu a cara.
    Amanhã é o Dia da Vítima do Crime

    Pais ou os padrastos mataram-lhes as mães. Sobrevivem sem apoios

    Alto, olhos castanhos, olhar sereno e profundo, bonito, Paulo, 18 anos, tenta parecer indiferente quando fala do homem que lhe matou a mãe. O próprio pai. Alguém de quem herdou a figura. Mas não é isso que o perturba. O que o perturba é o facto de o pai ter sido considerado "inimputável". E poder estar em liberdade dentro de três anos. Tem medo do que possa acontecer. Teme mais mortes. Sente que não foi feita justiça.

    "Não é fácil, nunca é muito fácil no início. Um grande choque" diz Paulo, ao lembrar-se da forma como ficou sem mãe, Rosário Camilo, 39 anos. Várias facadas desferidas pelo ex-marido tiraram-lhe a vida. Não que acreditasse que o pai não o pudesse ter feito, embora não seja suposto ser o progenitor a causar uma tão grande dor. "Com base na situação em que vivíamos não podíamos esperar nada de bom", explica. Foi há menos de dois anos, dia 5 de Junho de 2007. Ele e os dois irmãos, menores, vivem com os avós maternos e numa harmonia familiar que desconheciam.

    Cabelo loiro e olhos claros, herança da mãe, de quem se diz ser "demasiado bonita", Francisco, 25 anos, parece uma panela de pressão pronta a explodir ao menor descuido. Não foi o pai, mas o ex-companheiro que matou a mãe, Urbana Nascimento, 31 anos, com um tiro de caçadeira. Nem por isso o sentimento de orfandade é menor. O pai não tinha condições para o criar.

    Actualmente, o rapaz vive com a avó paterna. Nunca recebeu a indemnização decretada pelo tribunal (50 mil euros) e não tem acesso à informação que lhe permitiria pedir um apoio estatal. Pertence a uma família carenciada de um bairro social do Laranjeiro. Faz 13 anos no dia da mulher, 8 de Março, que se deu a tragédia.

    Francisco tem o mesmo sentimento de medo de Paulo "Tenho medo, por ele e por mim", confessa. Porquê? "Às vezes, ponho-me a pensar. Não durmo. Penso o que seria a minha vida se a minha mãe fosse viva. Fico com maus pensamentos. Tenho medo que ele me venha matar, sabe onde vivo. Mas também tenho medo de que eu lhe possa fazer se o vir. E ele vai sair daqui a um ano", confidencia. Achamos preferível não lhe contar que o homicida já passa os dias fora da prisão. Trabalha, tem quase uma vida normal. Apanhou 15 anos e sete meses de prisão e passou para o Regime Aberto Voltado para o Exterior há um ano.

    Olhar doce, feições meigas numa estatura mediana, Sara, 20 anos, não quer falar da sua desdita. O pai matou-lhe a mãe, Dália Belchior, 45 anos, suicidando-se em seguida. A rapariga marca um encontro e chega acompanhada do cunhado, em representação da irmã, Carla, 31 anos. Explicam que é tal a dor que evitam o assunto. Nem que seja para esclarecer algumas factos que S. diz terem sido referidos erradamente quando da notícia do drama familiar, a 29 de Maio de 2000.

    Foi o pai de Sara que matou Dália, uma segunda relação conjugal iniciada há 12 anos. A menina, então com 11 anos, acordou com o som de dois tiros e teve de lidar sozinha com a situação. Quando a tia e o marido desta acorreram, o homem deu um segundo tiro na própria cabeça. E como é que se sobrevive a isto? "Com a ajuda da família. E o facto de não querermos falar disso explica a dificuldade em que se vive", diz o cunhado.

    Sobreviveu a explosão do Cartaxo

    Se há vidas que parecem traçadas para sofrer, a de Dália é uma delas. É a professora de educação visual da escola do Cartaxo que sobreviveu a uma explosão de gás, em 1985. Catorze alunos também ficaram feridos, mas a mulher ficou toda queimada e completamente desfigurada. Submeteu-se a 63 cirurgias de reconstrução, o que só foi possível graças à solidariedade nacional. Quinze anos depois morreu às mãos do companheiro.

    Sara é estudante universitária e vive em Lisboa. Após a morte da mãe ficou com uma tia em Almeirim, onde mantém a vivenda dos pais. Tem um irmão por parte do pai, Edmundo, de 36 anos, que também a tem apoiado. Mas tem vivido sobretudo com a irmã , que se encontrava a estudar em Lisboa quando da tragédia.

    Dália é descrita pelos vizinhos como "uma mulher de garra, bem disposta e alegre". Viveu nove anos em Macau, onde conheceu o segundo companheiro, e regressou a Almeirim. Dava aulas e ajudava a irmã num café, actualmente fechado. Segundo as notícias da altura, o casal estaria para se separar e naquela noite a vítima veio trazer o marido, militar em Santa Margarida, e a filha a casa e voltou ao café da irmã. O homem não gostou que voltasse tão tarde. As cenas de ciúmes, agravadas pelo consumo de álcool, tinham transformado a vida do casal, embora os vizinhos digam nunca ter suspeitado de maus tratos.

    Não era o caso de Rosário, a mãe de Paulo. A violência conjugal levou-a a fugir de casa cinco meses antes de ser morta. Pelo filhos, por pena, sabe-se lá porquê, aceitou encontrar-se com ex-marido na habitação que tinham partilhado na Amadora. Não voltou à noite a casa dos pais, para onde havia fugido. A família não avisou a polícia, afinal ela era maior. Vivem com essa culpa. Foi morta nessa madrugada.

    Paulo é o mais velho de três irmãos e o único maior de idade. Lembra-se bem dos maus tratos de que a mãe foi vítima. O pai consumia estupefacientes e bebia em excesso. O rapaz sente-se responsável pela irmã, de 9 anos, e pelo irmão, de 11. Tal como se sentiu aos 16 anos pela mãe, quando a incentivou a fugir de casa. É, também, esse escudo que o faz dizer: "Dado o que aconteceu, até acho que tem corrido bem!"

    A tragédia devolveu a família materna aos três irmãos. Família que tinham conhecido cinco meses antes do homicídio da mãe. O homem proibiu a mulher de estar com a família dela, restringindo-lhe ao máximo o contacto com terceiros. Até no trabalho. Ela trabalhava na ourivesaria dele.

    Os irmãos vivem desde a morte da mãe com os avós maternos, em Lisboa, alternando com os fins-de-semana e férias em Aveiras, numa vivenda habitada também pelo tio Luís. Os mais novos estudam num dos melhores colégios privados de Lisboa. O mais velho na escola pública.

    António Leal Oliveira, o avô, explica: "Sou filho único, mas a família da minha mulher é grande, cinco filhos, netos, sobrinhos, primos, todos muito unidos. Eles encontraram uma rede familiar que não tinham. Viviam num inferno, num clima de medo e ameaças constantes."

    Rosário tinha 22 anos quando casou com o Pedro, três anos mais velho. As hostilidades entre o marido e a sua família começaram nesse dia. "Tinha um ódio muito grande ao meu pai, a mim agrediu-me no próprio dia do casamento", conta Luís Leal de Oliveira, 38 anos, o irmão de Rosário, 14 meses mais novo. É nele que as crianças mais novas vêem a figura paterna. E na irmã Teresa ou na avó, a figura materna.

    "É avassalador. A destruição de um núcleo essencial, de uma referência ideal de família e do amor será muito difícil de ultrapassar. Por força de um acto de violência bárbaro, os filhos deparam-se com uma orfandade injustificável. Os genes e o ónus do acto cometido pelo progenitor podem, se não forem estruturados e devidamente acompanhados, transmitir uma vergonha real e uma dúvida plausível quanto à sua própria natureza, que os conduzirão, inevitavelmente, a caminhos erróneos", sustenta Luís Leal.

    Não é tanto Paulo que os preocupa, mas os irmãos. Nunca lhes disseram o que se passou com a mãe. Contaram-lhes que tinha sofrido um acidente de automóvel. Uma mentira piedosa com pernas curtas para se manter. Muito provavelmente, já saberão que foi o pai que matou a mãe.

    É a raiva que se solta quando menos se espera, as comparações inevitáveis quando o comportamento das crianças não é o esperado. "Tens o mau génio do teu pai!"

    O assunto não é tema de conversa, apenas a menina fala da mãe. O menino é reservado, taciturno, tem alterações de comportamento. São acompanhados pelos psicólogos escolares, mas a família sente que talvez precisem de um apoio mais especializado. Paulo diz que não precisa de um psicólogo, nem mesmo quando isso foi sugerido pelos tribunais. "Não é um segredo, mas faz parte da minha intimidade e não tenho necessidade de falar das coisas com um desconhecido", justifica. Bastam-lhe os amigos para confidencias.

    A família está a passar por uma "situação de horror que nunca tinham imaginado". António Leal, ex-director prisional, 70 anos, e a mulher, 65, viram-se, de repente, a ter que cuidar de três crianças. Uma nova realidade e sobrecarga, social e económica, a que se junta o apoio dos tios. Não recebem qualquer apoio do Estado.

    "O ódio assume contornos desmedidos. Além da angústia e dor inerentes à perda têm que conviver diariamente com esse lado mais negro da natureza. E sofrem ainda o desgaste, a ansiedade e o receio prolongado e fundamentado de que o pesadelo não acabe nunca, tendo em conta as respostas do sistema judicial". As palavras de Luís Leal explicam-se pela sentença do homicida: inimputável.

    Os psiquiatras, o da defesa e o do Instituto de Medicina Legal, diagnosticaram ao agressor perturbação paranóide de personalidade, mas não foi possível "estabelecer nexo de casualidade gerador de inimputabilidade entre o quadro clínico actual e os factos ocorridos". Nem o inverso. Dúvida que "o tribunal não logrou superar" e, em caso de dúvida, aplica-se o princípio in dúbio pró reo, o que significa que não havendo certezas "sobre a prova de matéria de facto, deve a mesma se valorada em favor do arguido".

    Dois dos três juízes que julgaram o caso votaram o recurso à "medida de segurança de internamento em estabelecimento de tratamento com a duração mínima de três anos e a duração máxima de 20". O terceiro votou vencido por considerar que "deveria o arguido ser restituído à liberdade", cabendo ao seu médico decidir "se está, ou não, em condições de ter alta".

    "Isto é uma vergonha!", gritou Luís Leal ao ouvir a sentença, no dia 29 de Outubro de 2009. Considera que, pelo menos, o arguido deveria ficar internado durante o período de tempo da pena máxima para homicídio qualificado, 20 anos. Repete que o homem não mostrou sinal de arrependimento. "Ele espalhou facas pela casa [o acórdão refere que havia facas na cozinha, nas casa de banho e no quarto, mas não consegue apurar quem as colocou], assassinou a minha irmã à facada. Nunca pensei matar alguém, mas desejo matar aquele indivíduo, o que é contra aos meus valores. E, ao mesmo tempo, tenho medo dele. Aquele homem já matou!"

    E o filho? "Não o quero ver. Não sei do que é capaz", diz Paulo. E se o encontrar em casa dos avós e tios paternos?". "Quando ele sair da prisão, tenho de cortar relações. Não podemos correr o risco dele voltar a matar." Preferia que se tivesse suicidado? "Acho que sim... nunca considerei que tinha com ele uma relação de pai e filho!"

    "O mal dela era ser bonita!"

    "Tenho medo do que possa acontecer. O que ele fez à minha mãe também pode fazer a mim. Ele nunca funcionou bem da cabeça, dizem que era a bebida, mas acho que eram outras coisas", diz Francisco, o filho de Urbana, a cabeleireira que foi assassinada em Campo de Ourique, Lisboa , quando se preparava para começar o dia de trabalho no seu cabeleireiro. Só faltava assinar a escritura. O filho não sabe como as coisas foram resolvidas. "O meu avô materno é que tratou de tudo. Não sei se deixou algum papel".

    As vizinhas dizem que "o mal de Urbana era ser muito bonita". Esquecem que a mulher tinha deixado o companheiro, um empregado do café onde ela ia tomar o pequeno-almoço e com quem viveu um ano e dois meses. "Nunca foi um marido para ela. Tratava-a mal. O que é que eu podia fazer? Não a consegui defender? Tinha 12 anos!"

    A mulher foi viver para o outro lado do rio após a separação. Dia 8 de Março de 1996, pelas 08.00, o homicida, armado de caçadeira e com 31 cartuchos à cintura, forçou a entrada no cabeleireiro. Fechou as empregadas na casa-de-banho e esperou a ex-namorada. Esta chegou acompanhada de um técnico que ia fazer um demonstração de máquinas. Foram ambos recebidos com uma bala. Urbana não sobreviveu.

    "Foi a minha avó que me foi buscar à escola, nunca tinha acontecido. Pressenti logo que havia qualquer coisa", conta Francisco. A avó, 77 anos, viúva, acrescenta: "Ele achou estranho, mas lá viemos. Uma senhora ia a ler a notícia no autocarro [um vespertino]. Pedi-lhe para a esconder. Só em casa lhe disse que a mãe tinha morrido. O meu neto gritou: 'Foi ele que a matou, dá-me uma pistola para o matar!'".

    Um "pensamento mau" que não o larga, mesmo agora que tenta endireitar a vida. É efectivo numa empresa de limpezas de um hospital. Tem um filho de cinco anos, mas não vive com ele.

    Depois da morte da mãe, Francisco foi viver com o avô e o tio maternos alguns meses, acabando por se mudar para a casa dos avós paternos, no mesmo bairro. "Num ano morreu a minha avó materna, a minha mãe e o meu avô materno", lamenta o rapaz. Nunca chegou ao pé das campas da mãe e da avó. Até há três dias.

    Maria está quase a completar 18 anos. Tinha 11 quando foi metida numa vida de infelicidade vivida num condomínio privado de Lisboa e com contornos dignos de um clássico policial. O pai matou a mãe no dia 6 de Março de 2002 e simulou um acidente de viação. E o mais dramático é que a menina se agarrou ao pai como tábua de salvação. Ele reclamava inocência e assistiu ao funeral da mulher. Quando soube que o pai era o homicida, a filha ficou órfã pela segunda vez.

    O homicida, engenheiro, estava casado com Lara (nome fictício), advogada, 23 anos, embora nos últimos tempos a mulher pensasse em deixá-lo. Manteve-se casada por medo da reacção violenta do marido. Entretanto, iniciou uma relação amorosa e acabou por pedir o divórcio quando o marido descobriu. Este não aceitou e começou a programar a morte da mulher, nomeadamente o álibi.

    Na noite do homicídio, esperou a mulher em casa e apertou-lhe o pescoço. Meteu-a no carro e simulou um acidente, indo de seguida para o trabalho. Só uma investigação policial de excelência permitiu conhecer a verdade dos factos. Foi condenado por crime de homicídio qualificado a 15 anos de prisão e a pagamento 75mil euros, dinheiro que ainda não foi entregue.

    Só agora o tribunal inibiu o pai de exercer o poder paternal. Ele queria que a tutela fosse entregue aos seus pais. A menina vai fazer 18 anos, já não se justifica atribuir a tutela. Os avós viveram com o medo de lhes tirarem a neta. CÉU NEVES (DN)
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  • Barco do Aborto - Portugal condenado

    barco do aborto.jpgO Tribunal europeu dos Direitos do homem de Estrasburgo acaba de condenar Portugal por violação da liberdade de expressão.

    O secretário de Estado da Marinha portuguêsa  tinha enviado, em 2004, um navio de guerra contra o " embarcação do aborto " da  associação neerlandesa " Women on Waves" para o impedir de entrar no porto da  Figueira Foz.

    Lisboa suspeitava então a  associação de querer distribuir à bordo  produtos farmacêuticos proibidos, como pilula abortivo RU 486 ou de incentivar a prática da interrupção voluntária de gravidez (IVG) criando então " um perigo para a saúde publique".

    Recordem que nessa  época, o aborto era limitado  em Portugal.

    É autorizado desde 2007 ate  à 10.a semana de gestação .

    Para os juízes de Estrasburgo, nada provava que as militantes iam efectuar actos ilegais. Consideraram que o Estado português teria podido apreender os medicamentos antes de enviar um navio de guerra.

    Recordem que as embarcações desta associação já têm navegado na Irlanda em 2001 e a Polónia em 2003, antes de  ser proibido em 2004 (cf. Síntese de imprensa do 23/04/07), proibição finalmente suprimida em 2007 pelo governo neerlandês.

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  • Portugal continua apostar na energia solar

    amareleja.jpgO segundo maior central solar photovoltaïque do mundo, instalada à Amareleja no Sul de Portugal começou a funcionar à cheio regime o 23 de Dezembro de 2008.

    Resultado de um investimento inicial de 240 milhões de euros, deveria produzir a energia limpa durante os 25 próximos anos. A Central Solar Photovoltaïque de Amareleja é situada sobre um terreno de 250 hectares na região mais quente de Portugal.

    Tem uma capacidade total instalada de 46,41 megawatt distribuídos por 2520 seguidores solares equipados cada um de 104 painéis solares. Cada ano a central vai produzir 93 gigawatts por hora (GWh), o que deveria permitir responder às necessidades de 30.000 alojamentos e evitar a emissão de 86.000 toneladas de gases à efeito de estufa em comparação com uma produção equivalente de energia a partir de combustíveis fósseis.

    Dez dias anteriormente, o 13 de Dezembro de 2008, o presidente Cavaco Silva inaugurava o lançamento da primeira unidade de produção integral de painéis solares que integram a tecnologia de película fina da sociedade Solar Mais.

    A ocasião para de de recordar-lhe a importância das energias renováveis para Portugal cuja dependência energética no que diz respeito aos outros países é muito forte.

    O projecto iniciado por Solar Mais deveria permitir ao Portugal lançar em breve um cluster tecnológico em sector da energia solar photovoltaïque. A sociedade já tem começado a desenvolver protocolos com diversas entidades do sistema científico e tecnológico nacional.

    A sociedade Solar Mais exporta 80% da sua produção para principais os mercados investidores em energia photovoltaïque, nomeadamente a Alemanha, a Espanha, a Itália, os novos países-membros da União Europeia, o Marrocos e os países africanos cujas línguas oficiais é o português (os PALOP).

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  • Marrocos - Livro: A cultura lusófona ao SIEL de Casablanca

    SIEL livre Casablanca.gifPortugal,  Brasil e  Angola participam pela  primeira vez na Feira internacional da Edição e do Livro de Casablanca (SIEL) que tem este ano a sua 15.a edição ate ao 22 de Fevereiro sob o tema: " Ao Reino do Livre".

    A participação conjunta destes países-membros da comunidade dos Estados de língua portuguesa constitui uma ocasião para fazer descobrir ao grande público marroquino algumas facetas do património cultural e artístico lusófono, rico e diversificado, declarou quinta-feira ao MAP dos responsáveis do Centro cultural português.

    A tribuna dos países lusófonos propõe aos visitantes uma exposição sobre a língua portuguesa, a história, a literatura e a criação artística em língua portuguesa. Compreende igualmente novelas, revistas especializadas, revistas e obras sobre a música, a pintura e escultura lusófona.

    O programa dos organizadores prevê também a projecção de uma série de filmes da África lusófona, do Brasil e Portugal.

    A comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que conta mais de 220 milhões de pessoas, é uma organização internacional criada em 1996 pela Conferência dos Chefes de Estado e de Governo a Angola, do Brasil, do Cabo Verde, da Guiné Bissau, o Moçambique, Portugal e São Dividir em tomos & Princípio.

    Conscientes do seu património cultural comum, os países lusófonos instauraram esta instância multi lateral que trabalha para o reforço da concertação política e as relações de cooperação económica e técnica entre os países-membros do CPLP.

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  • Vila Real - Morre engasgado com batata frita

    frita.jpgJosé Alberto Rodrigues Sousa tinha 19 anos. Estudante do Ensino Superior, divertia-se na madrugada de ontem na Discoteca Andrómeda, em Paredes, Vila Real, quando o impensável aconteceu: engasgou-se com uma batata frita e em poucos minutos veio a perder a vida.

    Os amigos assistiram à tragédia e nada puderam fazer. José começou a tossir e ainda se dirigiu à casa-de-banho a tossir convulsivamente. Acabou por desmaiar e cair no chão.

    Entretanto, um homem terá reparado no jovem e trouxe-o em braços para fora da casa-de-banho. Os amigos, ao verem o seu estado, procuraram ajuda.

    Minutos depois, os meios médicos tentaram tudo para salvá-lo. Sem êxito: entrou em paragem cardiorrespiratória a caminho do hospital e acabou por morrer.

    Na aldeia de onde o jovem era natural, Lusinde, concelho de Penalva do Castelo, a notícia chegou pela manhã. Foram militares da GNR que bateram à porta dos pais do estudante com a pior das notícias.

    'Eu, quando vi os guardas à minha porta, temi o pior e perguntei-lhes logo o que tinha acontecido com o meu filho. Foi um choque muito grande', desabafou ontem ao CM João Sousa, pai do jovem, momentos antes de iniciar a viagem com destino ao Instituto de Medicina Legal de Vila Real, onde fez o reconhecimento do corpo.

    Sobre as circunstâncias em que ocorreu a morte do filho, João Sousa foi parco em palavras. 'Apenas sei que ele foi para Vila Real com uns amigos e que se engasgou a comer qualquer coisa. Foi encontrado no chão da casa-de-banho da discoteca a deitar espuma pela boca', acrescentou o progenitor, agricultor de profissão.

    Em Lusinde, José Sousa era visto como um jovem 'que ajudava os pais' na agricultura. Mas estava a estudar Marketing porque 'queria ir mais além na vida'.

    Foi autopsiado pelas 16h00 e o funeral deverá ser hoje à tarde.

    OUTROS CASOS

    SALSICHA MATA MENINO

    Em Julho do ano passado, um menino de dois anos morreu asfixiado por um pedaço de salsicha que ficou preso na garganta. A criança jantava com os pais num restaurante do Marco de Canaveses.

    CEREJA ASFIXIA BEBÉ

    Em Junho de 2006, uma bebé de 20 meses morreu após ficar com a traqueia bloqueada ao engolir uma cereja. O caso chocou a aldeia de Gême, em Vila Verde, pois a criança esteve quatro dias em coma e não resistiu às lesões provocadas por três paragens respiratórias.

    correio da manha

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  • Pombal: 15 assaltos numa noite

    Uma vaga anormal de assaltos aconteceu na noite de terça-feira em Pombal. Há registo de 15 furtos consumados e na forma tentada. Segundo informou ontem a PSP, os assaltantes atacaram em edifícios de habitação e comércio da avenida Heróis do Ultramar e ruas confluentes, no centro da cidade.

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  • Multibanco vai ter retrovisores

    multibanco.jpgMuitos dos utilizadores das caixas multibanco já têm o hábito de observar o que os rodeia, olhando para os lados e para trás, antes de realizar as operações. Para facilitar essa observação, já começaram a ser instaladas em Portugal as primeiras ATM com espelhos retrovisores, apurou o Correio da Manhã.

    Os espelhos estão colocados na parte superior das máquinas e permitem ao utilizador visualizar o que se passa atrás de si. Trata-se de um pormenor, mas que facilita as medidas de precaução dos clientes.

    Adicionalmente, estas máquinas estão preparadas para receber sistemas de videovigilância, de acordo com informações do fornecedor, a multinacional Dielbold.

    A própria Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS), que gere o sistema multibanco, instalou uma destas máquinas nas suas instalações.

    A introdução destas máquinas não se prende com nenhuma operação especial mas antes no âmbito da substituição corrente das máquinas, apurou o CM.

    De acordo com a SIBS, as caixas têm um período de vida médio de oito anos. A sua substituição prende-se, sobretudo, com a "deterioração de componentes mecânicas", como as impressoras, por exemplo.

    Mas também as inovações tecnológicas têm levado à renovação do parque, a última das quais devido à introdução dos cartões com chip.

    Diariamente, são efectuadas milhões de operações, quer através das caixas, quer através do sistema de pagamento automático.

    Os últimos dados disponíveis da entidade que gere o sistema – que dizem respeito aos primeiros oito meses de 2008 – revelam que cada português fez em média seis operações nas caixas e quatro nos sistemas de pagamento nos estabelecimentos comerciais.

    Em termos globais, cada português levantou, em média, 6,4 euros por dia, ainda de acordo com as estatísticas disponíveis.

    CÓDIGO AO CONTRÁRIO NÃO ALERTA

    A informação que circula na internet, e que é mesmo divulgada por funcionários bancários, de que é accionado um alerta em caso de digitação do código secreto invertido não é verdadeira, garante a SIBS. A informação que circula por correio electrónico de que o código invertido alerta as forças policiais é falsa, explica a entidade gestora da rede multibanco. "Trata-se de um mito urbano", adiantou fonte próxima daquela entidade. De resto, a SIBS não tem informação sobre a implementação desta técnica em qualquer país europeu ou em qualquer outro continente.

    correio da manha

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