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Queria que a GNR o matasse a tiro

Aurélio Góis, de 53 anos, camionista, assume ter protagonizado um caso inédito. "Eu é que fui atrás da GNR e não eles atrás de mim", afirma o homem que ontem de madrugada tentou que a GNR o matasse.

Aurélio contou que num acto de desespero e álcool a mais, perseguiu um carro-patrulha da GNR de Esposende com a intenção de o abalroar. Acabou numa rua sem saída e mostrou--se com a mão no bolso, simulando ter uma pistola. Para o conseguir deter, os militares disparam cinco tiros para o ar. O procurador abriu inquérito e mandou o homem para casa, aconselhando-o a procurar ajuda psiquiátrica.

'Matem-me', disse Aurélio aos militares no desfecho da perseguição. Foi detido e o teste de alcoolemia acusou 2,11 gr/l. Ao CM, Aurélio Góis assumiu que premeditou a provocação à GNR. 'Há tempos, fui multado e eles disseram que eu estava drogado e não estava. Só bebo, não me drogo', explicou o camionista que continua com carta de condução.

A motivação é apenas uma consequência de vários problemas. Aurélio sofre de tuberculose, está de baixa há 14 meses mas não aceita que, depois de 17 anos na estrada, não possa voltar a conduzir os camiões nas viagens até Itália.

'Não consigo estar em casa, sem trabalhar', disse ao CM, assumindo que abafa a angústia com o álcool. 'Se não posso andar com o carro, deito-lhe o fogo', diz Aurélio que já pediu desculpa à GNR e promete seguir o conselho do procurador. Tratar-se da profunda depressão.

MULHER COMPREENDE DRAMA

'Tenho muita pena dele', diz Filomena Góis, mulher de Aurélio. O diálogo entre o casal espelha a paciência de Filomena. 'Os polícias são uns incompetentes', diz Aurélio. 'Pois são, se não já estavas preso', responde Filomena. A mulher do camionista confessa que não consegue que ele deixe de beber nem de fumar. Aurélio também não aceita deixar os vícios, apesar de ter consciência de que sofre de tuberculose e que o tabaco e o álcool só pioram o seu estado de saúde.

Filomena Góis diz que compreende o drama psicológico que o marido vive. 'Eu ia quase sempre com ele nas viagens e percebo que esteja deprimido por estar aqui, doente e sem poder conduzir. Era a vida dele', conta Filomena.

'Vou ter de o convencer a ir ao médico para o tratarem da cabeça', desabafa a mulher do camionista.

Coreeio da manha

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