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trabalho

  • Desabamento: Viaduto em construção cai e arrasta 11 trabalhadores “Gritavam desesperados por socorro”

    "Aquelas vozes não me saem da cabeça. Eles estavam em pânico e debaixo dos escombros. Só se ouvia os gritos desesperados por socorro e a pedir que os tirassem dali.” É com a voz embargada que Paula Bragança, emigrante portuguesa em Andorra, descreve ao CM o desespero que se sucedeu à queda do viaduto em construção que liga ao túnel de Dos Valires, em Andorra, que ontem matou cinco portugueses e feriu sete – seis foram hospitalizados durante a tarde e um outro estava preso nos escombros pelas pernas, mas vivo e a ser resgatado ao final da noite.

    O acidente ocorreu pelas 12h00 locais (11h00 em Portugal continental), quando 35 trabalhadores estavam a colocar cimento no viaduto de ligação ao túnel que une La Massana a Encamp. “Uma parte da plataforma cedeu e os trabalhadores caíram de uma altura de perto de vinte metros. Alguns ainda se agarram aos ferros e conseguiram escapar, mas muitos ficaram soterrados”, explica ao CM o português António Martins, empresário da construção em Andorra.

    Em poucos minutos o pânico instalou-se. Durante várias horas os bombeiros tentaram retirar as vítimas dos escombros, mas as enormes barras de ferro e o facto de o betão ter começado a secar dificultaram o resgate. “Os trabalhadores estavam em pânico. Achavam que não iam sobreviver”, conta António Martins.

    Ao final da noite, os corpos dos três mortos confirmados ainda não tinham sido retirados, pois os meios foram canalizados para o trabalhador preso nos escombros até à cintura. “Foi muito difícil. Ele só chorava e dizia que os amigos estavam ao lado dele, mortos no meio do ferro”, relata António.

    O governo de Andorra divulgou uma lista com o nome das vítimas. Olímpio Santos e António Gonçalves eram mortes confirmadas. Depois três nomes: António Ribeiro, Carlos Alves e Carlos Marques – sabendo-se que um estava morto, um a ser resgatado e o outro desaparecido, sendo que não foi possível fazer a correspondência entre os nomes e o seu estado. Os feridos hospitalizados eram Fernando Ferreira, Manuel Teixeira, António Andrade, Benjamim Pereira, Alberto Braz e Daniel Coelho.

    SAIBA MAIS

    SEXTO MAIS PEQUENO

    Andorra é o 6.º país mais pequeno da Europa (468 km2), localizado num enclave nos Pirenéus entre o nordeste da Espanha e o sudoeste da França.

    13 800

    é o número aproximado de portugueses a trabalhar em Andorra, a maior parte na construção civil e no turismo. São 16,3% da população total.

    236

    bebés portugueses nasceram em 2008 no principado. Representam 17,1% dos nascimentos.

    1200 EUROS DE SALÁRIO

    O boom de portugueses teve início nos anos 80. O ordenado médio é de 1200 euros.

    ALDEIA DE VALPAÇOS DE LUTO POR EMIGRANTE

    Há 22 anos que Olímpio Carriço, de 45 anos, estava emigrado em Andorra, onde trabalhava na construção civil. Vivia lá com a mulher e o filho, Tiago, agora com 18 anos. Ontem, na pequena aldeia de Sá, em Valpaços, o ambiente era de pesar, e até ao início da noite familiares e amigos queriam acreditar que Olímpio, uma das vítimas mortais, tinha sobrevivido ao acidente.

    'Ele guiava um camião que fornecia betão para grandes obras. Era amigo de todos na aldeia, uma excelente pessoa', disse ontem ao CM Abel Carriço, irmão de Olímpio, ainda atónito com a tragédia.

    Ao final da tarde, a mãe de Olímpio, Maria Carriço, de 82 anos, ainda não sabia da morte do filho. Em casa da sogra do trabalhador o ambiente era semelhante. 'Ele vinha agora no Natal à terra. Estou muito aflita, ainda estou à espera da má notícia', desabafou ao CM Maria Rodrigues, 71 anos, mãe da mulher de Olímpio, Maria Cardoso, de 40.

    A vítima mortal tem dois irmãos e duas irmãs, mas apenas um não está emigrado. Cerca de cem pessoas da aldeia de Sá trabalham em Andorra.

    GRANADA: CINCO PORTUGUESES

    A 7 de Novembro de 2005, parte do viaduto da A7, em Granada, Espanha, abateu, matando seis operários, cinco deles portugueses. Doze pessoas responderam em tribunal pelo sucedido.

    SOCORRO: DEZENAS ENVOLVIDOS

    As equipas trabalhavam ontem à noite em turnos de 20 homens para tentar resgatar as vítimas. O trabalho era dificultado pelo frio (foram postas mantas térmicas) e pelo pouco espaço.

    VÍTIMAS: DUAS EMPRESAS

    Dois dos 11 trabalhadores sinistrados são da empresa Unifor (de Andorra) e residiam há anos no principado, enquanto os restantes pertencem à Ambicepol (do Marco de Canaveses).

    REPORTAGEM DA ANTENA TRES DA CATALUNHA:

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  • Espanhóis soltam 64 escravos portugueses

    Dez portugueses foram detidos pela Guardia Civil de Navarra, em Espanha, pela prática de crimes "contra os direitos dos trabalhadores". Em causa estão outros portugueses, no total de 64, que durante o último ano foram escravizados em produções agrícolas de La Ribera, uma zona rural entre a Catalunha e o País Basco.

    De acordo com fonte oficial do gabinete de relações públicas da Guardia Civil, "este é o resultado da ‘Operacion Carriña’, cujas investigações começaram em Outubro do ano passado, depois de a Guardia Civil ter constatado a presença na zona de La Ribera de cidadãos portugueses referenciados por exploração de compatriotas".

    Segundo o CM apurou junto das autoridades espanholas, um total de 64 pessoas acabaram por ser libertadas das explorações agrícolas onde eram retidas e obrigadas a trabalhar de sol a sol. "Raramente eram pagos." As mesmas fontes revelaram ao CM que quase todos os envolvidos – tanto os escravizados como os seus ‘patrões’ – são provenientes de Trás--os-Montes.

    Os dez detidos são todos homens e têm idades entre os 26 e os 48 anos. Apesar de viverem em Espanha há já alguns anos, são provenientes, tal como as dezenas de vítimas, de terras como Alfândega da Fé, Mirandela, Murça, Macedo de Cavaleiros ou Vimioso.

    Todos os detidos portugueses foram entregues pela Guardia Civil às autoridades judiciais competentes e vão ser julgados em Espanha pela prática de crimes contra os direitos dos trabalhadores.

    PORMENORES

    PROMESSAS

    Às vítimas era prometido "bom salário, alojamento e comida." Em Navarra dormiam em casebres, comiam uma vez por dia e raramente eram pagos.

    VIDA FÁCIL

    A Guardia Civil refere que o esquema "permitia aos ‘patrões’ obter benefícios económicos tão grandes que podiam viver sem realizar qualquer outro trabalho".

    SEQUESTRO

    Algumas das vítimas chegaram a estar sequestradas pelos seus ‘empregadores’. Outras tinham de pedir autorização para sair dos quartos.

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  • Fábrica encerrada pela ASAE - Corre o risco de fechar

    A fábrica de refrigerantes Sepol, na Guarda, está com a produção suspensa desde 22 de Janeiro, por determinação da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), e pode já não reabrir.

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    Os 13 funcionários da empresa estão sem laborar desde aquela data e correm agora o risco de ir para o desemprego.

    A ASAE decidiu suspender a actividade da unidade devido a deficiências na empresa, nomeadamente ao nível estrutural do edifício.

    A empresa apresentava problemas ao nível do pavimento, pintura e existência de alguns vidros partidos no armazém.

    A ASAE encontrou ainda deficiências ao nível das instalações do sector alimentar, que não estavam devidamente limpas.

    A fábrica, que labora desde 1969, lamenta que a ASAE não tenha dado um período para que as anomalias fossem corrigidas, ao invés de ter decretado a suspensão imediata da actividade laboral.

    correio da manha 

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