Ok

En poursuivant votre navigation sur ce site, vous acceptez l'utilisation de cookies. Ces derniers assurent le bon fonctionnement de nos services. En savoir plus.

filhos

  • Dedicado ao meu amigo Michel Silva - Que trava uma guerra contra o cancro

    mich2.jpgNão sei exatamente como começar a falar de um assunto que a nossa sociedade tem bastantes dificuldades a abordar, dai podemos considerar que falar da doença e da morte seja " TABU" quase ninguém gosta de falar do fim da vida e do caminho que alguns tem que percorrer para la chegar.

    Em acordo com o meu querido amigo Michael da Silva, vamos contar um pouco da sua vida, atualmente com 43 anos, nasceu em ................................... França, e viveu neste pais ate aos ...... O Michel e o segundo filho de um casal que teve 4 filhos, três rapazes e uma rapariga, o rapaz mais velho nasceu com uma deficiência mental e desde sempre viveu com os pais, atualmente tem ...... anos.

    Quando o Michel tinha .... 14 anos os pais decidiram de abandonar a Franca e voltar para a sua terra natal, que se chama : Penedos eu diria "Telheiros" na freguesia de Almagreira, concelho de Pombal, distrito de Leiria e dedicaram-se as terras "agricultura" e criação de gado entre os quais cabras, porcos, etc... etc ....

    Quando chegou de França o Michel foi estudar para Pombal e ai estudou ate o 9° ano, como o centro de interesse tinha mudado da escola para as salas de bilhar, entretanto começou a fumar uns cigarritos e depois chegaram os "xarros" e a beber uns copos, e a escola entretanto perdeu o interesse, comparada a vida do exterior quando se tem ... 16 anos nos anos 80 em Portugal e a liberdade de ir aos bailes e outras discotecas.

    Foi a primeira geração a aproveitar verdadeiramente da palavra "liberdade" fomos todos educados por pais que sempre viveram na ditadura de Salazar, com os padres a controlarem o povo em colaboração com a PIDE, mas nos nas aldeias descobrimos o aparecimento de quase tudo, a energia elétrica, as estradas alcatroadas, os conjuntos musicais, as discotecas, o sexo sem sida, e um vento de liberdade que soprava de todos os lados.

    Eu sempre gostei muito do Michel, ele era muito mais inteligente e mais instruído que a média dos rapazes da região, tinha muito humor e um sorriso fácil, nessa altura íamos aos "matinés" ao Casal Fernão João (pombal) que decorriam aos domingos depois das 15 horas no café dessa aldeia. Depois o Michel era um rapaz que agradava muito as mulheres (lol) sim sim, grande, magro, moreno e esbelto se faz favor, mas muito tímido, mas como atraia as cachopas todos queriam andar nos bailes e nas discos com o Michel e assim conseguiam arranjar namoro com a colega daquela que se apaixonasse por ele (lol) estratégia..

    Estratégia esta que nunca foi a minha com ele, no passado mês de agosto 2012, dentro do meu carro quando ele me contou a sua situação, ficamos uns minutos calados com as lágrimas nos olhos a olhar um para o outro, e depois eu disse-lhe tu és capaz de ganhar contra essa "merda" de cancro.

    Porque eu e as pessoas que te amam não queremos que vás embora já, temos muitas pingas para beber e ate uns charros para fumar (lol), e a verdade é que o Michel alem de as coisas não se melhorarem atualmente nunca baixou os braços, e a guerra continua e se o cancro ganhar quero que saibas em vivo o quanto te amo e que sempre te apreciei, e o que escrevo sobre ti são só verdades sobre um tipo que merece o maior respeito do mundo

    Nas sextas a noite éramos clientes de uma discoteca que ainda hoje existe e chama Kiay, situada nas Meirinhas Pombal e quando nao era a Kiay era a Green Tow em Vila Verde, Anacruse Pombal - Meu sonho Monte Redondo - Star no Pontão - Casino Pedrogão - Riomar Vieira de Leiria e mais algumas que agora não me lembra o nome.

    Nos sábados e domingos à noite era os famosos bailes da região de Pombal que nos acolhiam, nessa altura os bailes eram autênticos concertos, com bandas ao vivo e que bandas : Banda Kroll, Mov, Expoente, Tekos,Pbx, e outras bandas de menor relevo no panorama musical dessa altura, as noitadas eram passadas a fumar "ganzas" a emborcar cervejas e a pular ate a altura dos slows, onde todos corriam com o dedo no ar para ter uma cachopa para se roçar (lol) eram quentes os anos 80.

    Nos domingos a tarde e os dias da semana numa época eram passadas a jogar o bilhar e a sueca no café do José Gonçalves na Assanha da Paz e depois do fecho do café cada qual contava as suas aventuras amorosas (lol) e sexuais, umas verdades e outras mentiras assim se passava os serões.

    Nessa altura armei-me em organizador de bailes na minha aldeia natal, e numa dessas vezes convidei o Michel para ser sócio do baile também, ele devia ter uns 16 anos, expliquei as condições, se houver ganho dividimos o "guito" e se houver percas, dividimos as percas.

    Mas algo funcionou mal e pouca gente veio ao baile, ai as percas eram relativamente importantes, o Michel não tinha o dinheiro pagar a parte dele (lol) ai o pai dele ofereceu-lhe duas cabras que ele vendeu para pagar as percas desse baile (lol) cada vez que se encontramos falamos sempre nesse assunto, que com o passar do tempo veio uma anedota engraçada.

    Outra aventura vivida com o Michel que recordo com muito prazer, eu teria perto de 19 anos e trabalhava numa empresa da região de Pombal e andava saturado com o trabalho que fazia, então decidi de ir ao medico e ai ele deu-me 1 mês de baixa para descansar, eu nessa altura falei com o Michel e fui com ele para Tavira.

    Fui trabalhar para as obras, coisa que eu nunca tinha feito, e alem de viver na aldeia quando ele me mostrou os quartos onde devíamos de dormir fiquei assustado (lol) barracas de tijolo com tábuas em cima de tijolos e em cada barraca uns dez tipos, a cozinha era necessário utilizar um ponteiro para tirar o arroz e massa do fogão, então eu e o Michel em quinze dias trabalhamos uns três.

    Foi no mês de setembro ainda estava calor no Algarve, íamos ver as inglesas e alemãs (lol) para a praia da ilha de Tavira, observar os nudistas e apanhar camaleões, sim, sim havia muitos nessa altura, pela noite apanhávamos o comboio com destino a Faro e ai passávamos uma parte das noites, a falar com as turistas (lol) e como eu ja disse onde o Michel estivesse havia sempre cachopas por perto.

    Com 16... anos saiu da escola e foi trabalhar para as obras, no inicio nas empresas da região e um pouco mais tarde "emigrou" para o Algarve, mais concretamente para Tavira, foi ai que o Michel veio a passar uma parte da sua vida, vinha alguns fins de semana visitar os amigos e família, entretanto encontrou uma bonita Algarvia e fundou uma família, é pai de dois bonitos rapazes que tem idades que rondam os vinte anos, mais tarde o casal decidiu separar-se e o Michel voltou para a casa dos pais, para os Penedos .

    Nessa altura tinha .... anos e com a solidão do divorcio, pouco a pouco o Michel foi caindo no mundo do álcool e da droga, mas na minha opinião e é certamente a verdade, foi o álcool que causou mais problemas em todos os aspetos tanto a saúde, como a solidão e tristeza que as "bebedeiras" o transportavam, quando digo bebedeiras, não eram bebedeiras espetaculares, porque só o Michel e alguns amigos sabiam do vicio que o andava a destruir.

    Eu também atravessei alguns dos maus vícios na companhia Michel, eu nessa altura era visto como o tipo a não frequentar, ainda hoje e um pouco assim, mas desta vez por razoes diferentes, mas alem de muitas pessoas o desaconselharem de me frequentar o Michel foi contra tudo e contra todos e ficou sempre fiel a minha amizade, passaram alguns longos períodos de tempo sem nos vermos, mas quando nos reencontramos sinto que a nossa amizade ficou intacta.

    Quando abordamos da possibilidade de escrever sobre a sua vida e doença, ficou combinado que não teremos "tabus" mas não queremos de forma alguma ferir os membros da sua família ou amigos, ele falou-me que os seus pais apreciaram um texto que tínhamos escrito no tuga de setembro 2012, na ultima vez que o tive ao telefone ele disse-me que falou também com a sua companheira e que ela estava de acordo.

    Sei que isto esta um pouco em desordem, mas eu escrevo em função da memoria e como ela esta bastante desorganizada o resultado é este, depois nos vamos modificando o texto, também não pretendemos fazer uma obra de arte, mas sim mostrar a todos que existem tipos que vale a pena conhecer e ter como amigo.

    Depois ele sempre trabalhou, e como era um tipo exemplar na sua profissão nunca lhe faltou trabalho, ele era pedreiro especializado na aplicação de revestimentos de chão, azulejos, mármores, mas o dinheiro que ganhava passava quase todo em tabaco e cerveja, farto da sua situação decidiu emigrar e um amigo por quem ele tem muita consideração, arranjou um contrato na região de Geneve na Suíça, esse amigo chama-se José Galhardo se não estou em erro a quem o Michel me confessou a sua profunda gratidão.

    Là encontrou uma rapariga Suíça que se apaixonou por ele e decidiu ajuda-lo a vencer o vicio de álcool, depois de muito sacrifício o Michel abandonou completamente a bebida e deixo-use guiar pela nova companheira, comprou um carro e fundou uma empresa no sector da construção.

    No passado mês de agosto falamos longas horas e ficou combinado, que se a sua saúde melhor-ase ele ia lançar a sociedade comigo o Tuga Magazine Suíça, ele e eu estávamos encantados com essa ideia, mas coisas não tem andado po melhor lado e vamos esperar que o Michel suba para o carregar de trabalho (lol) ha poix zé não é só cama e cadeirinha de rodas, toca a arranhar.

    Este texto e só o inicio e o rascunho de um pouco da vida do Michel que é um pouco a minha também, pode comentar e se conhece o Michel sff de deixar a sua opinião, Obrigado.

    Lien permanent Catégories : x - Michel Silva dos Penedos 0 commentaire
  • Rusgas em Porcheville pelos filhos da Nação

    porcheville.jpgOntem estivemos em Porcheville ( 78 ) foi nessa localidade  que os Portugueses da associação Filhos da Nação de Jouy le Moutier ( 95 ) organizaram uma noitada de rusgas , com vários grupos folclóricos da região de paris , clique no afixe.

    O presidente desta associação Sr. Manuel Ribeiro explicou que a sala foi emprestada pela câmara municipal desta localidade  para compensar uma actuação deste grupo folclórico numa das manifestações desta vila , acho uma excelente ideia assim mais Portugueses e não só , que não dispõe deste tipo de associação na cidade onde habitam , tem festa a domicilio .

    Lien permanent Catégories : Fr - Filhos da Nação - Jouy le Moutier 0 commentaire
  • Filhos e enteados

    Um terço dos portugueses vive no estrangeiro. São cerca de cinco milhões de compatriotas nossos que o país maltratou e maltrata. A rede consular, que deveria garantir a sua ligação em permanência ao país, actua numa lógica de funcionalismo público tradicional, repelindo quem se lhes dirige. Os escassos e incompetentes serviços dos consulados portugueses só são comparáveis em ineficácia às nossas câmaras ou conservatórias, que encerram para férias quando os emigrantes nos visitam em Agosto, e mais necessitariam de tratar de um qualquer assunto oficial.

    Por sua vez, o corpo diplomático tem uma postura imperial. Na sua maioria, os embaixadores desprezam os emigrantes e limitam-se a integrar uma ridícula brigada da mão fria, de copo gelado em punho em cada festa de fim de tarde.

    A nível governamental, sucessivos executivos tratam dos assuntos das comunidades através do ministério dos... estrangeiros. Ainda por cima, através da secretaria de estado de menor peso protocolar. Os emigrantes são assim tratados como estrangeiros, e ainda por cima como estrangeiros de segunda! Deste modo, o Estado português trata parte dos seus filhos como enteados.

    Em termos de representação política, a situação chega a ser humilhante. Os cerca de quatro milhões e novecentos mil portugueses e luso-descendentes elegem apenas quatro dos 230 deputados. Mais de trinta por cento da população, representada por menos de dois por cento do Parlamento. Não admira pois que os emigrantes se alheiem dos escrutínios e que nas últimas eleições presidenciais tenham votado apenas... dezoito mil. Para romper com este modelo arcaico e até antidemocrático, bastaria copiar as boas práticas das regiões e países europeus. A Galiza, aqui tão perto, confere aos galegos que residam em Buenos Aires o mesmo peso eleitoral dos que vivam em Santiago. Votam no seu círculo, exactamente nas mesmas condições que os residentes. E decidem governos.

    O Estado português continuará a aviltar e ignorar os nossos emigrantes. Mas a nação portuguesa sobreviverá, estará onde estiver um português. E o país só será completo com os seus emigrantes. Lembremo-nos disto neste Verão, quando num terreiro duma qualquer aldeia, à volta dum coreto, dançarmos as belas músicas populares portuguesas. Vivendo no Porto, Viseu, Paris ou Newark - somos todos Portugal. Como país, bem melhores que o nosso estado. E como povo, bem maior que o nosso chão.

    Paulo Morais - Jornal de Noticias

    Lien permanent Catégories : x-Disk-Disse-Teria dito ? 0 commentaire
  • Neste inicio de tarde visitamos os filhos da Nação

    castanhas.jpgA pedido do presidente desta  jovem associacao que se chama os filhos da Nação e que representa os Portugueses de Jouy le Moutier que e uma vila residencial perto de Cergy Pontoise ( 95 ) e que pelos dizeres do presidente conta com a volta de 15 % de habitantes que são Portugueses  ... Esta associacao  foi fundada a volta de 18 meses e ja conta com um rancho folclórico que e a vaidade do presidente e dos restantes membros ... foi hoje o seu primeiro festival de folclore que contou com a presença de três ranchos folclóricos ... mas nos não podemos ficar la mais de uma hora devido a compromissos ... Brevemente vamos ter aqui alguns filmes gravados neste inicio de tarde ...

    Lien permanent Catégories : Fr - Filhos da Nação - Jouy le Moutier 0 commentaire