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Barcelos: Comerciante ameaça denunciar devedores

Bastou a ameaça para a ideia começar a fazer efeito e a render dinheiro. Um comerciante de mobiliário em Forjães, no concelho de Barcelos, decidiu alertar que vai publicitar na sua carrinha de transporte um painel com a identificação dos clientes que lhe devem dinheiro.

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Devedores arriscam-se a ver o seu nome na carrinha de transporte

O empresário reconhece que alguns caloteiros mais antigos dificilmente irão pagar, mas já foram vários os que se apressaram a liquidar as contas.

“A maior parte dos meus clientes é daqui da zona e, como muitos dos devedores são pessoas que gostam de fazer ‘vida de rico’, apesar de deverem para aí dinheiro a muita gente, não quiseram passar pela vergonha de todos saberem dos seus calotes”, explicou ao CM José Carvalho, proprietário há 14 anos da empresa ‘Móveis Carvalho e Ferreira’.

Agora a trabalhar apenas com a ajuda da mulher – e ocasionalmente dos filhos –, o empresário até se mostra mais ‘aliviado’ das contas, depois de na última semana ter visto regularizada grande parte do livro de calotes. “Ainda bem que muitos pagaram, caso contrário também não cabiam todos no painel da carrinha”, reconhece José Carvalho, mostrando-se já preparado para ter de denunciar alguns devedores.

O problema maior serão os clientes com contas atrasadas há mais tempo, “desde há quatro ou cinco anos”. É que – no entender do comerciante de móveis – “esses já não fazem mesmo questão de pagar”, porque o estilo de vida que levam é extremamente despesista. “Gastam mais do que o dinheiro que ganham e perdem mais tempo a divertir-se do que a trabalhar”, lamenta.

Apesar de todas as dificuldades, José Carvalho garante que não é por estar à beira de algum colapso financeiro que decidiu avançar com a ameaça de divulgar os devedores. “Não consigo é ver as pessoas gozarem e eu sem ver o dinheiro pelo qual trabalho duro, às vezes 12 horas por dia”, refere o empresário, garantindo que, financeiramente, até já passou tempos piores. “O mais difícil é começar, porque não há dinheiro que apague rapidamente todas as despesas e até parece um sufoco”, relembra. Mas salvaguarda que “quem trabalha, consegue superar os problemas e ganhar dinheiro para levar uma vida decente”.

Mário Fernandes

Correio da manhã

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