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A Igreja continua a afastar os seus fieis clientes

Coimbra: Só os funerais podem realizar-se em Taveiro
Diocese suspende culto após expulsão de padre

A Diocese de Coimbra suspendeu ontem, por tempo indeterminado, as principais actividades de culto em Taveiro e lamentou a atitude dos populares que expulsaram o pároco da freguesia, impedindo-o de celebrar a missa dominical.

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Os paroquianos impediram o padre José Matos de celebrar a missa dominical

Os conflitos entre o padre José Matos e a população são recorrentes e atingiram o ponto de ruptura quando impediu os jovens da terra de enfeitarem a igreja no âmbito do Concurso Portas Floridas.

A decisão do bispo D. Albino Cleto foi revelada após uma reunião com uma comissão de paroquianos – que manteve as críticas anteriores ao padre e pediu a sua substituição –, liderada pelo presidente da Junta de Freguesia, José Maria Barroca. Até que seja encontrada uma solução, apenas os funerais poderão realizar-se na igreja de Taveiro.

O vigário-geral da Diocese de Coimbra, Manuel Leal Pedroso, já havia considerado “lamentáveis” os acontecimentos de domingo: cem pessoas convocadas através de um comunicado anónimo concentraram-se frente à igreja e impediram o pároco, de 69 anos, de celebrar missa. Perante os gritos de “vai-te embora e não voltes” ou “vai para a tua terra”, o padre José Matos, há 23 anos na paróquia, abandonou o templo acompanhado por elementos da GNR, que o escoltaram até ao seu carro. Alguns populares mais exaltados chegaram a fazer gestos agressivos. “Não são procedimentos aceitáveis”, afirma Manuel Leal Pedroso, adiantando que “existem meios mais democráticos” para resolver estes problemas.

A atitude popular surgiu depois de o padre ter proibido o enfeite da igreja, a 1 de Maio, no âmbito do Concurso Portas Floridas. Mas, os conflitos são mais antigos e o pároco é acusado de acabar com tradições e festas da terra, de recusar fazer alguns casamentos e baptizados, de tratar mal os fiéis mesmo durante as missas, de expulsar os escuteiros, de afastar catequistas e até de não marcar funerais.

CONFLITO JÁ DURA HÁ ANOS

SUBSTITUIÇÃO

José Maria Barroca, presidente da Junta de Freguesia, é um dos críticos do pároco, com quem mantém um diferendo há vários anos. Acusa-o de faltas de respeito sucessivas e de fazer com que os fiéis vão à missa nas paróquias vizinhas. Quer que seja substituído.

REUNIÃO

No domingo, o padre José Matos tentou marcar uma reunião com os manifestantes, que recusaram. O pároco diz que foram instrumentalizados pelo presidente da Junta de Freguesia e que se a autarquia hostiliza a paróquia, esta não pode colaborar com ela.

ORAÇÃO

A substituição do pároco já foi pedida por três vezes ao bispo de Coimbra. E as tentativas da Junta de Freguesia para reunir com o padre falharam sempre. No domingo, depois do padre abandonar a igreja, alguns fiéis estiveram a rezar o terço no templo.

Correio da manha

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