Dois operários morreram, um deles de nacionalidade portuguesa, e seis outros ficaram feridos no desabamento num túnel em obras em Andorra. É a informação oficial.
Um porta-voz do Governo de Andorra explicou, ao início da tarde, que o desabamento afectou um total de 11 trabalhadores, três dos quais ainda se encontram soterrados. Os feridos estão hospitalizados.
"Podemos confirmar que duas pessoas morreram", disse o responsável, no local do acidente, escusando-se a precisar qualquer informação sobre a identidade das vítimas.
Fonte do gabinete de Emergência Consular das Comunidades Portugueses confirmou que pelo menos uma das vítimas mortais é portuguesa.
Victor Naudi, ministro do Interior de Andorra, confirmou, por seu lado, que a maioria dos trabalhadores afectados pelo desabamento é de nacionalidade portuguesa.
Os seis trabalhadores feridos encontram-se no Hospital Nuestra Senhora de MEritxell, onde chegaram pouco depois das operações iniciais de resgate, tendo um deles, com traumatismo craniano e maxilofacial e prognóstico grave, sido transferido depois para o hospital Vall d'Hebron, em Barcelona.
Os restantes feridos apresentam lesões de vários tipos, incluindo fracturas nos braços e nas pernas. Apenas um dos casos é considerado "ligeiro".
Patrícia Bragança, presidente do Clube de Empresários Portugueses em Andorra (CEPA), relata à Renascença o que se passa no local, afirmando que as equipas continuam a trabalhar para evitar que haja mais desabamentos da estrutura afectada pelo acidente.
As equipas de emergência no local estão a trabalhar com cães para tentar chegar aos trabalhadores e equipamento de iluminação está a ser transferido para a zona para o caso de ser necessário continuar a trabalhar durante a noite.
O acidente, na ponte exterior que liga a estrada principal à boca do túnel, ocorreu cerca das 11h00 (de Lisboa, 12h00 locais) por causas ainda desconhecidas.
Na altura., encontravam-se na obra cerca de 60 trabalhadores, a maioria dos quais de nacionalidade portuguesa. A empresa responsável pela obra é a "União Temporal de Empresas" (UTE), controlada, na sua maioria, pela Dragasa – “uma das que mais trabalhadores portugueses emprega", segundo Patrícia Bragança.