En poursuivant votre navigation sur ce site, vous acceptez l'utilisation de cookies. Ces derniers assurent le bon fonctionnement de nos services. En savoir plus.
A maçã Bravo Esmolfe e outras autóctones das Beiras são as mais indicadas para prevenir alguns cancros e doenças cardiovasculares, segundo um estudo encomendado pela Cooperativa Agrícola de Mangualde (CAM), ontem revelado. O trabalho científico vai dar origem a um livro e a uma campanha promocional do fruto. Segundo o trabalho do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz (ISCSEM), em colaboração com outras entidades, as espécies naturais da região fazem melhor à saúde que outras variedades mais plantadas (mesmo nas Beiras) e que dominam o mercado. “Pretendíamos fazer um levantamento das espécies autóctones, algumas abandonadas ao longo das décadas, quando nos deparámos com estes resultados espantosos”, explicou António Campos, dirigente da CAM. Aquele responsável falava antes de uma sessão de apresentação do projecto na Faculdade de Ciências da Saúde da Covilhã e que hoje se repete, às 14H00, na Estação Agrária de Viseu. Maçãs Bravo Esmolfe, Malápio Fino, Malápio da Serra ou Pêro Pipo, todas autóctones das Beiras, têm muito maior concentração de compostos activos (polifenóis e fibras) e elevado poder antioxidante que as Golden, Starking, Fuji, Gala Galaxy ou Reineta Parda. “As características saudáveis da maçã são conhecidas desde a antiguidade, mas nunca tinha sido feito um estudo científico comparativo como este. Trata- -se de um grande avanço para o desenvolvimento da fruticultura da região”, disse António Campos. A diferença é muito grande. “Por exemplo, uma Bravo chega a ter 2,5 vezes mais polifenóis que a Golden”, afirmou, por sua vez, Agostinho de Carvalho, investigador do ISCSEM, responsável pelo estudo.