Párocos contra a liberalização da interrupção da gravidez Onze de Fevereiro será o dia em que se realizará o referendo relativo à interrupção voluntária da gravidez, tendo esta questão angariado diversos defensores tanto do sim como do não. Só nesta data se saberá qual a decisão dos portugueses, existindo uma grande parte de cidadãos a favor da não despenalização da interrupção voluntária da gravidez. Recorde-se que em 1998 este referendo não conseguiu angariar o número de votos pelo sim que permitisse a despenalização do aborto. A lei actual prevê a interrupção da gravidez em casos como a violação, mal formação do feto e risco de saúde da mãe. Este referendo, caso ganhe o sim, fará com que os abortos deixem de ser clandestinos e que a sociedade deixe de condenar um acto que até à data é tido como um “crime”, à luz da lei portuguesa. O Notícias do Centro foi ouvir alguns párocos para saber o que estes pensam sobre esta questão. Segundo João Fernando Dias, pároco da freguesia de Almagreira, devem ser realizados esforços no sentido de “preservar a vida humana”, salientando o facto de a Igreja ser “uma das Instituições que mais iniciativas tem tido a favor das mulheres em dificuldade, das que praticam o aborto, das mães solteiras e das crianças que nascem em situações desfavoráveis”. No entanto, o pároco refere que o aborto não pode deixar de se apresentar como um “atentado à vida humana”, apesar de “compreender as situações” que levam muitas mulheres a tomarem a decisão de abortar. Em relação ao referendo admite “estar preocupado com a chamada despenalização”, adiantando que esta consiste “numa liberalização” da interrupção voluntária da gravidez Por outro lado, João Fernando lamenta que se “esqueça as mulheres que sofrem pressões fortíssimas para abortar, e com a liberalização, ainda vão ser mais empurradas para o aborto, uma vez que este passa a ser legal e já não irão existir desculpas para não o fazerem”. O Pároco de Almagreira (Pombal) salienta ainda que “não deve ser a mulher sozinha a tomar essa decisão e a carregar com o peso da responsabilidade de tirar a vida ao seu filho”, porque “a vontade do pai da criança não pode ser desvalorizada”, realçando que Portugal está a seguir “maus exemplos da Europa e que se vai esquecendo dos valores fundamentais que estão na raiz da civilização”, nomeadamente “o direito à vida”. Diz ainda que irá votar “não”. Já segundo Manuel Pinho, padre na freguesia de Ansião, diz que “o aborto é sempre uma coisa má”, referindo que se votasse sim, “estaria a dizer que concordava que toda e qualquer mulher, pobre ou rica, com muitos ou poucos recursos, poucos ou nenhuns filhos, saudável ou doente tinha o direito de exigir que lhe fizessem um aborto, desde que estivesse entre as dez semanas de gestação”. Este pároco defende que os “casos razoáveis já estão previstos na lei”, e independentemente do aborto vir a ser possível até às dez semanas, esse acto “implica que sejam tiradas vidas humanas”, referindo que se o Governo quiser poderá “ajudar as mulheres e defendê-las de uma outra forma”, evitando assim que o aborto seja liberalizado. Artur Silva, padre da freguesia do Carriço, diz que não concorda com a despenalização do aborto porque se trata “de uma questão de vida”, apesar de referir que não condena “as pessoas que o fazem porque quem julga é Deus”. Diz ainda que esta decisão “faz parte da consciência de cada um”, mas apela para que “as pessoas votem não”, confessando que tem “alertado os católicos para esta situação “mas de uma forma muito delicada”, adiantando que diz publicamente que “vota não”, referindo que os fieis devem “pensar no mandamento que diz não matarás”. Por sua vez, António Nogueira, pároco da freguesia de Mata Mourisca diz que “as mulheres não devem sofrer com pena de prisão” devido à realização de um aborto, mas diz que é “contra o aborto de uma forma liberalizada”. Adianta ainda que compreende “as pessoas que o fazem e os motivos” que muitas vezes as levam a cometer este acto. No entanto, salienta que “essa questão diz respeito também ao homem e não apenas à mulher”.
Informaçao / Noticias do Centro
Como este senhor nao e nem nunca vai ser pai e normalmente tambem nunca engravidou ninguem - como e que se pode lançar contra uma lei que esta a favor de todos e sobretudo das mulheres ??
No tempo dos cruzados faziam catolicos a paulada e hoje a igreja e contra o aborto e a favor do sofrimento das mulheres - no tempo da igreja forte em portugal meteu sempre o homen como chefe de casa e quase que caucionava a violencia domestica !!
A igreja quando abrir os olhos ja as outras religiões ja os clientes foram para os Reinos de deus - Jeovas e toda essa ciganices para comer os tostoes aos mais pobres.
Se tem filhos ou e mulher pense no futuro deles e dia 11 de Fevreiro. -- Vote sim a Legalizacao do Aborto
Amandio de Oliveira
