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“Daqui a uns anos Carnide vai estar novamente sujeita às chamas”

 
À conversa com… Eusébio Rodrigues

Como vê o trabalho que fez na Junta de Freguesia, até hoje?
Nota-se que há obra feita. Reformulamos a estrada principal toda, colocámos a tubagem de saneamento, construímos os passeios e asfaltámos as vias. Foi uma prioridade que ainda hoje o é. Estes foram investimentos que a freguesia precisava.

O associativismo de Carnide não está parado. Acha que tem contribuído para o desenvolvimento da freguesia?
Há uns anos Carnide tinha uma associação, que era o rancho e hoje já são onze. Todas elas trabalham, fazem actividades, fazem investimentos, não são daquelas associações que estão à espera que alguém lhe dê alguma coisa. O associativismo em Carnide não difere das outras freguesias, mas posso garantir que está um pouco mais acordado e isso tem sido fundamental para o crescimento da freguesia.

Quais são as prioridades para Carnide?
Neste momento as prioridades são o Pólo Escolar, que já tem as propostas abertas, o Centro Social de Carnide, que também está em vias de se iniciar. Continuamos com a prioridade da rede viária, temos a estrada de Carnide a Carnide de Cima que também já está entregue ao empreiteiro para a construção do saneamento básico e colocação do seu asfalto. A nossa prioridade foi sempre a rede viária e a educação, sem esquecer o desporto. Esta última área foi algo que já tinha um projecto traçado, até porque somos a única freguesia que não tem polidesportivo. Havia sim um projecto para um gimnodesportivo, que albergaria o espaço para outras associações. A autarquia construiu um espaço desses no norte do concelho e reparou que não é rentável, daí que optou por fazer um gimnodesportivo em Meirinhas, que vai servir também Vermoil e Carnide.
Por aqui vamos construir um polidesportivo junto ao actual campo de futebol. O investimento de 60 mil euros vai ser suportado pela Câmara Municipal de Pombal, e esperamos que ainda este ano esteja operacional.
Sem esquecer que actualmente temos a nossa ponte em construção, que estará pronta dentro de um mês. O investimento está a ser suportado pela autarquia pombalense e é uma obra urgente, já que tínhamos a ponte interdita a pesados há meses e o seu estado estava preocupar.

Acha que Carnide tem sido esquecida pela autarquia pombalense?
Não. É verdade que Carnide não está mais avançada que as outras freguesias, mas penso que brevemente chegará ao nível das outras freguesias. Nunca fui de pedir muito nas Assembleias Municipais ou qualquer outro tipo de reunião, faço-o quando acho oportuno. É verdade que este Pólo Escolar, que agora chama-se Centro Escolar, acaba por vir detrás de um refeitório. Tudo começou com uma cantina que era urgente e culminou no espaço que vai ser construído, que também tem espaço suficiente para albergar as colectividades da terra.

Acha que o projecto do pólo escolar é tardio?
Eu não diria tardio, de facto é algo que tenho nas mãos há anos e que já fiz muitos apelos. Se ele já tivesse sido construído há mais tempo, pecava por algumas condições. Não diria que é um projecto tardio, mas tivemos que remediar. Digo antes que foi um projecto ansioso.

E quanto ao Centro Social?
Tivemos a sorte de ser contemplados com o programa PARES, mas caso não tivéssemos essa sorte, teríamos que avançar com o que temos. É um projecto ambicioso, no sentido que alberga muitas valências, mas na minha opinião o povo de Carnide merece.

Há pouco mais de dois anos foram vítimas do flagelo dos incêndios. Como está a preparação para o próximo Verão?
Seja em Carnide, seja a nível nacional, eu acho que está tudo muito melhor preparado. Mas de qualquer forma estou preocupado, porque volvidos dois anos ainda há pinheiros queimados que estão em risco de cair para a estrada. Já avisamos os proprietários mas não fizeram nada. Quanto aos incêndios, Carnide tem tido equipas de prevenção que são um exemplo a seguir, por isso acredito que tudo vai correr pelo melhor.

E quanto ao ordenamento florestal, como correu em Carnide?
Muito mal, a Câmara Municipal teve muito boa vontade, mas não correu bem. Foram criadas as famosas ZIF (Zonas de Intervenção Florestal), mas de facto quem as veio apresentar a Carnide não soube transmitir a informação e as pessoas não perceberam e ficou tudo igual. As pessoas voltaram a plantar árvores, mas à sua maneira, sem qualquer tipo de organização e daqui a uns anos Carnide vai estar novamente sujeita às chamas.

Carnide a crescer
É natural de Vila Cã, mas é nos destinos de Carnide que manda. Eusébio Rodrigues é o autarca da freguesia que apesar dela não ser natural, tem-na no coração. Empresário de profissão, casado, com dois filhos, Eusébio Rodrigues admite que Carnide tem tido ultimamente os seus momentos de glória. Obras como a nova ponte, o Centro Social e o Centro Escolar vão ser as novidades nos próximos anos.
Aponta o associativismo da terra como exemplar, dizendo que as colectividades não estão à espera que as coisas sejam feitas, “elas próprias tomam a iniciativa de fazer o que está em falta”, disse.
Está na Junta de Freguesia de Carnide pelo segundo mandato consecutivo e apesar de muito trabalho já ter sido feito, ainda muito há por fazer. O saneamento básico e os arranjos na rede viária são a sua prioridade, já que é um projecto que tem nas mãos desde a sua entrada na autarquia.
Em 2005 viu a sua freguesia ser consumida pelas chamas, mas admite que Carnide está hoje preparada para um novo flagelo. Critica, no entanto, o ordenamento florestal realizado, dizendo que as ZIF foram um projecto falhado em Carnide e que a população optou por fazer a sua própria reflorestação.

 Jornal - O Eco

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