Montado na ‘Galega’, uma égua lusitana castanha, Osvaldo Marques chegou ontem à tarde ao Tribunal de Lagos, a fim de conhecer a sentença de um processo em que era arguido por desobediência, iniciado quando “estacionou” o animal junto a uma habitação, em Barão de S. João, em Maio de 2004.
Tinha ido com a ‘Galega’ ao café Tasquinha no centro da povoação. Ela ficou à minha espera junto a uma casa, mas o proprietário não gostou e chamou a GNR, que me mandou tirá-la. Perguntei a um dos militares o porquê, uma vez que a égua não estava a fazer ali mal nenhum. Respondeu-me que era “porque ele estava a mandar.” Acabei por deixar lá ficar a ‘Galega’ e fui detido por desobediência”, explicou o cavaleiro, que não compreende como é que uma “coisa tão simples se pôde tornar tão complicada.” Por isso, “se fosse hoje, tirava logo a égua”, garante Osvaldo Marques, que pagou na altura 100 euros, por ordem do Tribunal, aos Bombeiros de Vila do Bispo, como penalização pela desobediência. “Paguei dentro do prazo mas atrasei-me a levar o comprovativo ao Tribunal. Por isso, acabei por ter de ir mesmo a julgamento”, referiu.
Foi para ouvir a juíza a condená-lo à pena de multa de 400 euros, mais custas do processo (505,92 euros), num total de 905,92 euros, que Osvaldo Marques, de 39 anos, serralheiro, cavalgou ontem de Barão de S. João até Lagos, percorrendo em 75 minutos a distância de 12 quilómetros debaixo de temporal. Embora às vezes conduza viaturas emprestadas, a égua é o “único meio de transporte” que possui, assegura.
Enquanto o seu cavaleiro era condenado, no interior do Tribunal, a ‘Galega’, de 14 anos, lá ficou mais uma vez à espera, ‘estacionada’ no exterior do edifício (amarrada ao tronco de uma palmeira), encharcada até aos ossos, mas cheia de paciência para lidar com os problemas... dos humanos.
correio da manha
Foi para ouvir a juíza a condená-lo à pena de multa de 400 euros, mais custas do processo (505,92 euros), num total de 905,92 euros, que Osvaldo Marques, de 39 anos, serralheiro, cavalgou ontem de Barão de S. João até Lagos, percorrendo em 75 minutos a distância de 12 quilómetros debaixo de temporal. Embora às vezes conduza viaturas emprestadas, a égua é o “único meio de transporte” que possui, assegura.
Enquanto o seu cavaleiro era condenado, no interior do Tribunal, a ‘Galega’, de 14 anos, lá ficou mais uma vez à espera, ‘estacionada’ no exterior do edifício (amarrada ao tronco de uma palmeira), encharcada até aos ossos, mas cheia de paciência para lidar com os problemas... dos humanos.
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