Pelos Caminhos de Portugal - Fome até na classe média!
Desgraçadamente , A Bem da Nação!
Portugal tem todas as condições para ser a Suiça do Atlântico.
Tem um Povo com cerca de 9 milhões de habitantes , grande potencalidade no turismo. É produtor de urânio que facilitaria a construção de centrais nucleares para ter energia barata e ser competitivo no exterior.
Portugal tem um passado de 9 séculos, com quase 500 anos de contactos com África, América, Ásia, Oceânia ,e , excelentes condições para ter um comércio internacional próspero.
O que falta a Portugal é massa cinzenta no pessoal político.
As élites portuguesas continuam , na maioria, a ter uma mentalidade de merceeiro de sanzala, de aldeia.
Querem comer tudo .
Sem élites políticas formadas em boas escolas de Administração Pública , sem élites com elevado sentido de Estado e orgulho nacional, são presas fáceis dos políticos dos outros Estados.
Os proprietários rurais não têm formação suficiente para produzirem. Entendem as "herdades" como se fossem apenas geradoras de subsídios, que gastam em caçadas, em Portugal e em Espanha, em Cascais e no Estoril, no Algarve.
Il doce fare niente!
Cruzando as atitudes da élite agrícola , com a da élite política portuguesa, o resultado é um Portugal desertificado. O interior não tem população activa.Improdutivo.
No interior ficam os idosos, os funcionários públicos, alguns comerciantes e profissionais liberais.
Portugal empobrece a um ritmo alucinante. Mesmo os mais velhos querem abandonar o interior, para irem viver para os grandes centros urbanos, onde têm apoio médico, onde têm os filhos que já "fugiram" do interior.
Os mais novos do interior emigram para o estrangeiro ou fazem migração interna, para o Litoral.
Portugal importa tudo o que come: Carne/Peixe/legumes/frutas. E importa sobretudo de Espanha.
O País entrou num circulo infernal , tipo poço da morte , prevendo-se a todo o tempo a queda estrondosa.
Portugal recebe rios de dinheiro da Europa e do Mundo. Ou da União Europeia ou remessas dos emigrantes.
Vivemos muito acima do que produzimos. De subsídios.
À medida que Portugal se afunda, perde força, a nossa influência em África, no Brasil, na Ásia perde-se. Portugal não tem moeda de troca. Nada pode dar às suas antigas colónias.
Digo nada pode dar no sentido de cooperação, de trocas, de mais valias.Portugal deixa de ter interesse para Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné, S. Tomé e Principe, Timor e Macau.
A nossa pobreza afasta-nos dos centros de decisão, de influência. Não produzimos nada de especial.
Para inverter a situação há que mudar de mentalidades, de políticas.
E nada melhor para começar que afastar este Governo de José Sócrates.
O Governo é forte em propaganda. Mas o País cada vez está mais parado. Nada se passa em Portugal de diferenciado dos outros países.
À medida que o desemprego aumenta ,percentualmente , cresce também o fruxo emigratório.
Temos agora uma taxa de 8,2% de desempregados, mas ela seria de 14 ou 15% se as pessoas não emigrassem.
Só a emigração permite ter uma taxa de 8,2% , mesmo assim superior à da maioria dos membros da União Europeia.
Mas a comparação é mera propaganda, porque os estados membros da União Europeia não têm fluxos emigratórios.Ou seja, a sua população não emigra.
Têm é imigração crescente. cada vez há mais pessoas estrangeiras a trabalhar em França, na Alemanha, na Filandia.
Em Portugal é o contrário: temos cada vez mais portugueses a emigrar e cada vez mais portugueses que cá ficam desempregados, o que dará uma taxa real de falta de criação de emprego de cerca de 14 a 15%.
É tempo de pararmos para pensar e de exigirmos mudança de Governo.
É tempo dos portugueses protestarem. Não fazendo greve , mas organizando manifestações de protesto continuas depois do trabalho, em acções concertadas, tipo Revolução Laranja, ou Revolução de Veludo, até o Governo cair.
Desgraçadamente , A Bem da Nação! José Maria Martins