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TGV risca de dividir a Assanha da Paz em duas partes

Assanha da Paz em pé de guerra
 
Texto deAdriana Afonso
 
É quase uma ironia do destino, mas em Assanha da Paz, freguesia de Almagreira, os habitantes estão em pé de guerra. O motivo é o traçado do TGV, que poderá causar graves prejuízos na localidade, incluindo interferências com infra-estruturas e actividades económicas, e até mesmo a demolição de algumas casas recentes. Mais de uma centena de pessoas já se reuniu, na passada segunda-feira, para uma sessão de esclarecimento, promovida pela Junta de freguesia; e ontem (quarta-feira) estava previsto um encontro com o presidente da Câmara Municipal de Pombal, Narciso Mota. Para além disso, um abaixo-assinado já está a decorrer.
Os “vizinhos serão divididos por um comboio que não nos traz nada de substancial”. A afirmação é do próprio presidente da Junta, Fernando Matias, que está a mobilizar a população para, até ao próximo dia 09 de Outubro - último dia para a apreciação do Consulta Pública do Estudo de Impacte Ambiental da Ligação Ferroviária de Alta Velocidade entre Lisboa e Porto, no troço entre Alenquer (Ota) e Pombal - fazer chegar o descontentamento a quem de direito. Apesar de referir que “ainda não há uma confirmação exacta do traçado”, o autarca acrescenta que o mesmo “divide a localidade em duas e prevê a demolição de, pelo menos, duas habitações recentes. As pessoas não estão contentes, sobretudo as que têm um projecto de vida na Assanha da Paz, que é uma localidade com uma forte capacidade de expansão”.
Da reunião, realizada no ATL da Assanha da Paz, junto à capela, participaram “entre 120 a 130 pessoas”, afirma Fernando Matias. No encontro, que durou mais de mais de três horas, foi formada uma comissão, com sete membros, que iria reunir-se ontem (quarta-feira) com Narciso Mota. Além disso, foram chamadas duas pessoas, em cada localidade daquela freguesia, para mobilizarem um abaixo-assinado, a ser entregue à Agência Portuguesa do Ambiente.
m estudo envolto em sigilo
 
 
Humberto Lopes, secretário da Junta de Almagreira, contou a O ECO que a autarquia só teve conhecimento do traçado no final de Agosto. “Quando chegou à Junta, entrámos em contacto com a Agência Portuguesa do Ambiente para saber mais pormenores”.
Houve uma sessão de esclarecimento para as cerca de 70 autarquias envolvidas, no dia 19 de Setembro. “Fomos os três (presidente, secretário e tesoureiro) de Almagreira, com o presidente da Câmara, a Lisboa para conhecer as implicações”, adianta Humberto Lopes. Questionado pel’O ECO se outro autarca foi, este responsável adianta que “não”. O que foi apresentado não agradou e, “na viagem para cá decidimos marcar uma sessão de esclarecimento com a população”. Foi o tempo de passar a mensagem, mas missas e cafés, e na passada segunda-feira realizou-se a reunião.
De acordo com Humberto Lopes, “ainda não consegui consultar o processo completo na Câmara”. Nem mesmo o pedido para o visionamento do mesmo, que em sede da junta, não foi aceite. “Não entendo porquê tanto sigilo. Há pessoas da Assanha da Paz que, primeiro que pudessem consultar o processo, tiveram quase que pedir por favor. Não estão habituados a que as pessoas peçam para ver”. Os moradores que quiserem mais esclarecimento podem consultar o executivo da Junta de Almagreira, que se compromete “a fazer os possíveis”.
 
Informação - Jornal o Eco 

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