Portugal está à beira da catástrofe.
Hoje temos políticos que não juraram bandeira, que só sentem o poder do dinheiro e que não têm a cultura ética que as forças armadas ensinavam.
"Povo Que Lavas no Rio"
A inesquecível Amália Rodrigues cantava "Povo que lavas no Rio".
Hoje já é :
"Povo que pares nas ambulâncias";
"Povo que pares em Badajoz";
"Povo que tens de ir a Cuba fazer operação às cataratas" ;
"Povo que não tens consulados suficientes " ;
"Povo que tens de continuar a emigrar";
"Povo que tens de ir comprar combustível a Espanha;
"Povo que não tens professores de português nos países para onde vais trabalhar";
"Povo que não tens centros de saúde";
"Povo que vês os outros países crescerem e tu minguas";
"Povo a quem o Estado multa a torto e a direito";
"Povo de mão estendida na pedincha";
"Povo que não tem justiça, agricultura, indústria, pescas, voz no Mundo";
Os "Filhos da Nação" vai enriquecer os outros Povos, trabalhando lá, fazendo esses países mais ricos e nós mais pobres.
Portugal é cada vez mais um País de velhos e funcionários públicos, profissionais liberais, alguns comerciantes e nada mais.
E de imigrantes. Felizmente os imigrantes ainda vão vindo, já menos, mas vão vindo. São muito importantes porque sem eles o País parava.
Portugal está à beira da catástrofe.
Não se trata de eu ser pessimista. Isto é de um realismo enorme.
A reserva moral da nação cada vez está mais no estrangeiro, na emigração, que no interior.
Portugal está a drenar riqueza para Espanha. Espanha cresce. Milhares e milhares de portugueses deixam as estatísticas do desemprego, porque vão embora. E depois já não voltam.
Portugal perde sangue novo e empobrece.
Portugal não é um Pais de oportunidades. José Sócrates e o Governo Português estão a enganar o Povo. As oportunidades são para os estrangeiros que compram as herdades na zona do Alqueva, as empresas em todo o Pais, os bancos, as seguradoras, a PT, a EDP, a Galp, os barcos de pesca e as licenças.
Há forças a trabalhar para Portugal mínguar, ser cada vez mais fraco.Menos influente.
Algo tem de ser feito.
Mas com mais de 4 milhões de emigrantes , e uma emigração sem parar, não vamos a lado nenhum.
Há que mudar de políticos, de sistema político, de sistema judicial, de sistema educativo, de mentalidade .
Antes nós cumpriamos o Serviço Militar Obrigatório. Era um momento de festa e que criava laços, métodos, nos ensina a amar a Pátria, nos fortalecia o orgulho na nossa história. Era um momento em que os jovens aprendam a solidariedade e a obedecer, a fazer sacrifícios.Um levava chouriço e outro broa, um pão de milho e outro de centeio, vinho das várias regiões, conviviamos, ,era maravilhoso.
Tudo isso acabou. Os jovens hoje se não fosse a selecção Nacional de Futebol talvez nem soubessem o hino nacional.
Hoje temos políticos que não juraram bandeira, que só sentem o poder do dinheiro e que não têm a cultura ética que as forças armadas ensinavam.José Maria Martins
Commentaires
Caríssimo compatriota,
Lamento imenso este tipo de emails e declarações, principalmente de pessoas que sairam de Portugal. Sou imigrante em Moçambique.
Num mundo global a verdadeira nação deixa de existir nas definições mais ortodoxas, ma passa-se a manifestar de outras formas.
Se antes a maior parte da emigração era por necessidade, hoje é por competência. Nenhum país do mundo consegue produzir tudo e ter local de trabalho para todas as competências. E isto é um sinal de que os portugueses são reconhecidos internacionalmente. Cada vez mais acho que quanto mais portugueses ocuparem locais de destaque a nível internacional, mais prestígio dá a Portugal e mais benefícios indirectos temos.
Vou dar um pequeno exemplo: um português que habita em Angola, por exemplo, necessitando de importar produtos onde é que vai buscar? A Portugal. E muitos mais exemplos podemods encontrar destes benefícios.
O problema de Portugal são os portugueses que se queixam por tudo e por nada e que continuam olhar para Portugal de uma forma mesquinha e sem sentido.
Não fiz serviço militar, não fiz juramento à bandeira, mas em qualquer lugar que passo sou o português, e isso é mais importante que tudo, é a imagem que deixo do meu país. Giro uma empresa de 15 trabalhadores e trago coisas boas do meu Portugal.
Deixem de olhar para Portugal como um país de ranchos folclóricos mas como um país que está entre os mais desenvolvidos do mundo e tenham orgulho nisso. Eu tenho! Portugal está nos 30 países mais desenvolvidos do mundo...
Temos áreas de excelência, como Tecnologias de Informação e várias empresas que exportam conhecimento. Não é por acaso que a Microsoft acaba de criar um centro de pesquisa que muitos pouco países se podem gabar de ter.
Em qualquer país do mundo há sempre pontos a melhorar, mas com esses pensamentos de olhar apenas par o umbigo e achá-lo feio é que as coisas não mudam.
Um abraço,
Luis
Luis obrigado pelo comentario !
Luis eu preferia que tivesses razão .... Sou um dos primeiros a defender Portugal no estrangeiro e com os meus proprios meios !
Olha aqui o folclore e as associacoes de Portugueses no estrangeiro pirmitiram que as novas geracoes se interessem a Portugal e sao eles que fazem viver os artistas populares ...
Agora um pais moderno e pobre essa modernice so serve uma classe social os ricos porque a ganhar 500 € por mes nao da para se meter em loucuras .... Para mim o futebol e que lava o cervo a uma parte dos nossos comptriotas ....... Basta ver o que aconteceu na Sic com o Santana Lopes , interompem o jornal para assistir en directo a chegada de um treinador .... que parvoice so mesmo em Portugal .... Como ja deves de ter percebido nao fui eu que escrevi este email , mas concordo ponto por ponto com o que la esta escrito .
Para mim e por falta de critica que as coisas nao mudam e os politicos quase todos imcompetentes roubam a cara destapada... Sao um pouco de amarguras porque o meu sonho e poder viver em Portugal com a mesma qualidade de vida que tenho no estrangeiro ....
Ja agora uma pergunta ... Porque emigrastes tambem ??? visto que achas que somos dos trinta primeiros ???
Mais uma vez obrigado por teres dado a tua opiniao !!!
Se queres manda fotos de Angola adorava ver !!!
Caro Amândio,
Lamento a resposta tardia ao teu comentário, mas nem sempre passo por este blog. Não é o site que frequento mais, pois não me identifico muito com ele.
Só uma correcção, não posso mandar fotos de Angola, porque estou em Moçambique.
Compreendo que os rancho folclóricos tenham feito com que novas gerações se tenham interessado por Portugal Mas este não é de longe o que Portugal real, é um Potugal feito por saudosistas. É limitado, infelizmente muitas vezes de baixa qualidade. Não permite olhar para Portugal com outros olhos.
O que me chateia tremendamente é que se continua a olhar a definição do indivíduo português do passado, que deve ficar em Portugal se estiver bem. Ou seja, um português só sai de Portugal quando necessita?? Não um português de hoje vê mais além. Portugal não é limitado por um espaço geográfico de 200 por 800 Km. E esse é que é o problema. O ser português é uma forma de estar, de lidar com as coisas, independentemente do sitio onde está.
Qual é o problema de emigrar para outro lado, porque faz parte da nossa carreira profissional ou objectivos pessoais? Já agora, estava muito bem profissionalmente em Portugal.
Portugal está dentro de nós e não fora.
O facto de ir para fora só ajuda, traz aprendizagem... Hoje não faz sentido algum ter a ideia que somos ilhas isoladas, é na partilha de conhecimento que o impacto positivo existe.
Se queres saber vou mais longe, prefiro mil vezes ouvir falar um Mourinho, que é um Português de excelência, que transmite muito mais o Portugal que acredito que os ranchos e as filarmónicas, é o portugal da competência, de sermos os melhores.
Prefiro mil vezes ouvir isto que as estratégias pessoais de autopromoção de alguém com sede de protagonismo. Sinceramente, acho que o impacto positivo para Portugal é maior da parte do Mourinho que do ex-primeiro ministro. O desenvolvimento de Portugal não está no estado nem nunca esteve. Ele não é a razão de insucesso ou sucesso de Portugal, mas sim nos Portugueses.
Costuma-se dizer que cada país tem os dirigentes que merece! E estes são os que temos, porque a sociedade civil não tem iniciativa, não aspira a mais, acha que a culpa é sempre dos outros... Acho que nunca ouvi o Mourinho queixar-se ... como vejo queixarem-se aqui...
Já agora, aqui está um pouco do que me identifico do que é ser português.
http://www.startracking.org/
Boa visita.
Luis
Pelo que percebi tambem te consideras dos trinta primeiros -Deves ter estudado com meios para o faser a custa de papa e mama o que nao foi o meu caso nem o caso da maioria dos emigrantes - Lamento que aches que Mourinho aportou alguma coisa aos Portugueses ha sim o orgulho de ver vencer e isso e bastante positivo. - Mas que desconsideres os ranchos e as filarmonicas ai nao concordo .... tu nao sabes o que e emigrar por necessidade ... como vens acabar de explicar emigraste por carreirismo para seguir a tua carreira - Nos e os dos ranchos e bandas foi para dar uma vida correcta aos nossos filhos o que tu tiveste a sorte de receber sem ter que emigrar .... Que nao grames este site ... ok estas no teu direito ...
Quanto as estrategias pessoais de auto-promocao foi o que acabaste de fazer ao deixares aqui o teu Link e o apelo a nossa visita ! Fui visitar o teu site e nada so vento e promessas !!!! Mas ja vi que sabes escrever bem sff de continuar ....
Caro Amândio
Mais uma vez as minhas desculpas pelo atraso na resposta e um tardio desejo de bom ano..
Deixe-me clarificar uma coisa. Eu não desconsidero os ranchos e as filarmónicas. Acho que cada um gosta do que gosta. A minha crítica incide essencialmente no facto de muitos portugueses olharem apenas para esse aspecto como se isso fosse o simbolismo de Portugal. Esse pensamento é redutor.
Já agora, não pretendo autopromover-me: 1) o site não é meu 2) não conheço ninguém que o fez 3) Foi um link que encontrei e com o qual me identifiquei com portugueses que querem levantar bem alto o nome de Portugal. Pode ter a certeza que não são ventos nem promessas, são pessoas que praticam no dia-a-dia. Tive alguns amigos que participaram nos eventos e sei bem como são.
Sim considero-me de um Portugal que está no grupo dos trinta países mais desenvolvidos e isso é um facto. Podemos afirmar sem problema algum que não há problemas de acesso a água há luz eléctrica, há educação base gratuita para todos, podemos dizer mal do sistema de saúde, mas existe e funciona. Não queira comparar com os outros países abaixo desses 30 mais desenvolvidos. Nem tudo é um mar de rosas, e em nenhum lugar é. Mesmo nos países mais desenvolvidos sempre houve disparidades entre a sua população, sempre houve diferenças. Vivi 2 anos na Alemanha e esse fenómeno também se verifica, não é só em Portugal. Reconhecer isso é importante para que melhoremos.
As considerações sobre a minha condição familiar ficam-lhe desprestigiantes por várias razões: 1) não sabe se estudei com o dinheiro do "papa e da mama" 2) não sabe o meu percurso de vida 3) o facto dos antecedentes familiares são importantes mas não decisivos para o sucesso na vida.
Lembro para este efeito da parábola dos talentos que poderá ler no novo testamento. Não importa o número de talentos que cada um recebe, mas o que se faz com eles.
Para mais, creio que se uns pais decidem apoiar um filho/a na continuação dos estudos não é algo que deve ser desprestigiante para ninguém. Ninguém é mais que ninguém e por uma pessoa ter tido algumas oportunidades não significa que não tem valor. O mais importante é como as utiliza.
Imagino que tenha filhos. Não acredito que privaria os seus filhos de estudarem e gastar dinheiro com isso só porque eles também têm que “saber o que custa a vida”. Como diz, e concordo, todos queremos o melhor para os nossos filhos, e eu quero e acho que é esta a melhor maneira de dar aquilo que eles merecem. O trabalho e a carreira que cada um constrói não é uma coisa que se faz apenas por capricho. Gostaria que não interpretasse mal as minhas palavras.
E finalmente para clarificar sobre “gramar” ou não. Dou um exemplo: posso não me identificar com o jornal Le Monde por ser demasiado de esquerda ou outro jornal qualquer por ser demasiado de direita, isto não quer dizer que não tenha respeito pelos dois jornais. Leio este ou aquele porque me identifico mais. Mas acima de tudo discordo do artigo inicial que publicou e manifestei-o. Absolutamente. Temos opiniões diferentes mas creio profundamente que queremos o mesmo no final.
Um abraço,
Luis