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RE: A TOMADA da BASTILHA

 

 

-----Message d'origine-----
De : OPINIÃOdoCIDADÂO [mailto:portugalclub@portugalclub.org]
Envoyé : samedi 14 juillet 2007 03:01
À : Undisclosed-Recipient:;
Objet : A TOMADA da BASTILHA

 

De: JVerdasca 14/julho/1789 - TOMADA  da  BASTILHA

                                    (Revolução parecida - mas pelo voto - podia acontecer amanhã em Lisboa)

 

Há 218 anos atrás, a Revolução Francesa dava início ao maior ciclo de transformações e ou mudanças político-sociais dos tempos modernos, que alterou radicalmente o statu quo local, e teve enorme repercussão no mundo da época. Então - como agora - as decisões eram tomadas por determinadas minorias, que não só detinham as "rédeas do Poder" como, ainda, escandalosamente usofruíam de suas BENESSES. A 5 de maio o soberano havia instalado os Estados Gerais (nome adotado recentemente nas concentrações político-partidárias) em Versalhes; eram compostos de 1200 deputados, sendo 600 do Terceiro Estado (zé povinho) com 26 milhões de "pagantes"; 300 da nobreza, com 400.000 "beneficiados"; e 300 do clero, com 135.000 "privilegiados". Então - como agora - os Estados Gerais tinham a faca e o queijo na mão, decidiam eles mesmos os seus ordenados, salários, gratificações, ajudas de custo, percentagens, mordomias, achegas, APOSENTADORIAS, cartões de crédito, viagens, passagens e outras bobagens, afinal coisitas insignificantes pagas pelos OUTROS habitantes, mesmo que para isso OS OUTROS se aposentassem com 216 Euros, esperassem anos para operar as cataratas, vivessem em casas de latas e nascessem e ou morressem nas ambulâncias, para garantir aos beneficiados e privilegiados as suas extravagâncias!!!.

 

A Bastilha era uma fortaleza parisiense, onde funcionava uma prisão do Estado, e era guardado armamento, portanto vista como símbolo do despotismo; na altura, Paris estava cercada por uma força de 20 mil homens, mas os parisienses não se amedrontaram, e invadiram a fortaleza, soltando os presos. O calor revolucionário propagou-se rapidamente, e a fúria popular atingiu fúria e violência sem precedentes, tanto na história da França quanto do Mundo. Como consequência imediata, logo a 4 de Agosto foi abolido o regime, extintos os privilégios feudais, suprimidos os dízimos e imposta a igualdade de impostos. ERA A TÃO ANSIADA E JUSTA IGUALDADE PERANTE A LEI, ignorada e infringida por políticos e apaniguados, e aviltada pelos beneficiados e privilegiados, que se APOSENTAM com 125.000 Euros/ano, com 50 anos de idade, após um "LONGO" período de 2 ou 3 anos no TRONO das estatais, ou nas autarquias e parlamento, aí um pouco mais. A Revolução foi obra da miséria dos camponeses (como agora), a que os filósofos deram imagem e som traduzidos nas IDÉIAS, que transformaram o pensamento europeu já no século anterior, de que foram principais representantes Hobbes, Locke, Spinosa, Descartes, Montesquieu, Voltaire, Diderot, Rousseau e outros.

 

A Revolução "pariu" a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (26/agosto/1789), que Luís XVI - atemorizado com a revolução, mas ainda mais com a Declaração - se recusou a sancionar, bem como a abolição dos privilégios, pelo que perderia o trono e, 4 anos depois, a cabeça decepada pela guilhotina, bem como a de Maria Antonieta. Mas as revoluções propiciam a desordem, a anarquia, os precs e os suvs, provocam a desorganização do Estado, trazem ainda mais miséria, intranquilidade e insegurança, dando ensejo aos ditadores; também os soberanos estrangeiros, apavorados como "mau" exemplo da França, uniram-se e prepararam a invasão, para tentar repor as coisas no lugar que lhes convinha; não contando com a união dos franceses, viram os seus exércitos profissionais e orgulhosos, derrotados por um exército de maltrapilhos, como quase dois séculos depois aconteceu aos mesmos franceses na Indochina e na Argélia, e aos Americanos na Indochina, e está acontecendo no Iraque. É que Homo Homini Lupus (Homem, lôbo do homem) é uma prática de hoje e de sempre, consequência da ganância dos senadores, da falta de escrúpulos de muitos governantes, da fome de dinheiro de empresários corruptores, da cegueira de magistrados, e da omissão das maiorias silenciosas, por preguiça, por comodismo, até mesmo por interesse. 

 

Ignoramos o grau de semelhança entre a situação da injustiça e da corrupção, ao tempo da Revolução Francesa, com o actual status, mas não duvidamos que os homens - na mesma proporção - são idênticos, e, a prová-lo, temos as notícias diárias, onde sobressaem os milhões e bilhões das fortunas de uns e outros, dos aumentos dos lucros de bancos e multinacionais, das aquisições destes por aqueles, do domínio dos mercados, dos jatos e jatinhos dos grandes e dos médios, do controle dos media pelos mais endinheirados, e toda uma parafernália de compras e vendas, de trocas e negociatas, de cantigas e cantatas, que ignoram o Homem e o Humanismo, a fome e o banditismo, a violência e o catecismo, as crianças e o abismo, para apenas ter em consideração o EGO dos mais ousados, o interesse dos mais descarados e o desejo dos mais depravados. ASSIM NÃO DÁ, e ou os humanos tomam juízo e os governantes vergonha na cara, ou o Mundo, sem rei nem roque, sem rumo nem meta, sem programa nem senso, sem justiça nem equilíbrio, sem princípios nem dignidade, caminhará para outra Revolução Francesa, para o abismo, para a extinção. ESCOLHAM.

                                           Cordialmente, JVerdasca

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