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O AMOR CADA VEZ MAIS LONGE

 

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O AMOR CADA VEZ MAIS LONGE

 

A Maria, por vezes, chega mais cedo a casa. O Eduardo dorme, mas ele ouve, acorda e sorri-lhe. Ela senta-se ao pé dele, beija-o, faz-lhe umas carícias, desejando, como ele, um momento de intimidade. Mas, na fria e inconfortável barraca onde habitam, onde o pequeno pode entrar a todo o momento, qualquer intimidade é impossível. 

Aliás, os muros de madeira da barraca têm buracos e fendas por todo o lado, por onde espreitam os olhos gulosos dos adolescentes, da vizinhança (...) 

Por vezes, o pequeno brinca lá fora. Eduardo está lá. Ela, desejando amar, fecha a porta devagarinho. Mas a criança põe-se logo a chorar e a bater à porta, e a vontade de fazer amor passa.

Waldemar Monteiro

“Des Immigrées Portugais Partent” 

Edições Casterman

A rapariga era esperta. Alguns dias depois da sua chegada a Champigny ela compreendeu que estavam todos necessitados. Um mês depois, ela já tinha o dinheiro necessário para alugar uma velha camioneta sem motor ao Sr. M. Oliveira e transformar a camioneta em bordel. Manda vir duas velhas amigas e o negócio floresce. 

Vínhamos de muito longe para fazer-lhes “uma visita”. Sobretudo ao Domingo, era o fim do mundo (...). Elas eram bastante gentis, mais que as francesas e levavam mais barato.

“A Salto” de Nita Climaco

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