A todos os militares que não estão no Activo:
Temos agora uma oportunidade para nos redimir relativamente a alguns erros do nosso passado, nomeadamente no que diz respeito à desatenção com a descolonização, à complacência perante a nossa democracia sem honra, à demasidada subserviência perante o poder político e, sobretudo, ao esquecimento da defesa e preservação da nossa Memória.
Não podemos esgotar-nos na exposição da modéstia das nossas reformas, da insuficiência das ajudas da ADM ou do carpir sobre o esquecimento do País relativamente aos nossos serviços passados, pois temos agora um objectivo patriótico a cumprir: evitar que a Espanha nos venha a dominar. Temos que lutar pela preservação das obras e das memórias que culminaram em D. João II!
Como nos sentiremos quando as tabuletas nas estradas estiverem em português e outra língua, quando os nossos ordenados e horários de trabalho forem estabelecidos em Madrid, ou quando os nossos modestos interesses Europeus forem negociados por Espanha?
Não nos podemos iludir: em cada nicho da natureza, em cada segmento da sociedade ou em cada núcleo da economia há sempre um “inimigo principal”. E o nosso, sem sombra de dúvida, só pode ser a Espanha.
Claro que já não vivemos em tempo de ser invadidos, escravizados ou mesmo, de alguma forma, fisicamente ofendidos. Mas vivemos em tempo de, com subtileza, ser-mos facilmente dominados culturalmente, de perder-mos a independência económica, ou até política, ficando subalternizados e com identidade dúbia.
Não vamos pensar como os neo-iberistas simplórios, que os espanhóis vêm aí para nos aumentarem os ordenados, para resolverem o problema da nossa dívida externa ou, até, para aumentar as nossas exportações.
Mesmo o Salazar, quando já isolado do mundo e sem recursos, recusou os soldados e os meios que o Franco lhe quis oferecer para “ajudar” nas colónias. E Salazar era tudo o que quiserem, mas parvo não era!
É, pois, indispensável dar-mos um primeiro passo: evitar que um homem sem qualidades, uma não-conformidade, um imperador do virtual nos faça “deslizar” para a Espanha. Vamos votar, mas votar útil. (Mesmo que para engulir o sapo seja necessário tapar-lhe a cara enquanto fazemos a cruzinha, como uma vez disse o Álvaro Cunhal).
Conseguido este primeiro objectivo, teremos tempo para nos organizar, encontrar o nosso líder e ter uma palavra a dizer sobre o iberismo que nos querem oferecer. (Evidentemente, com todo o respeito pelos que são culturalmente iberistas, mas não por aqueles que são iberistas por interesses tão imediatos e mesquinhos).
A filosofia – podemos falar mesmo em idealogia - subjacente ao que acima foi dito exprime-se com muita simplicidade: o conceito de nação é mais abrangente que o conceito de país; e o conceito de Pátria é ainda mais abrangente que o conceito de nação. E a Pátria Portuguesa é constituída não só pelos portugueses, mas também por todos aqueles, independen-temente da sua raça ou credo, que connosco interagiram de forma positiva ao longo da história. Não é o caso da Espanha.
Resta-me formular um pedido aos meus camaradas militares:
Àqueles que concordarem comigo, peço que divulguem o mais que puderem este texto entre a família militar.
Aos que não concordarem comigo, peço desculpa pelo atrevimento de os contactar, renovando que a minha intenção é linear, apenas aquela que está claramente expressa no texto que produzi. Um abraço
Joaquim António Leal Martins
Capitão-de-Mar-e-Guerra
Marinha Portuguesa, BI 74662
(BI Civil nº 656173, 09/04/2003, Lisboa )
Ericeira, 21 de Setembro de 2009
Commentaires
a pour uma vez que vejo um homen que ve as coisas como elas se estao a passare e nao somente com os espanholes mas principalmente com os anglons saxons
pourque a muita gente que esta a vender o nosso quedo pais soment pelo apato du dinheiro e como tu dizes era SALAZAR que tinha rasao