Sobre o encerramento da CLP TV o jornal expresso escreveu o seguinte no dia 29-10-2008 ...
| A administração do "Canal de Língua Portuguesa" comunicou ontem a decisão de encerrar a actividade aos 27 trabalhadores da empresa, que vão ser todos despedidos no fim deste mês. "Só temos duas soluções: ou declarar falência ou manter a empresa, mas sem qualquer actividade nem empregados". Foi assim que Joaquim Santos, presidente do Conselho de Administração (CA), apresentou a situação aos funcionários. A empresa estará afogada em dívidas aos fornecedores de conteúdos e de meios de difusão. De acordo com informações recolhidas pelo Expresso, já nem sequer pagava, desde há alguns meses, a renda de cerca de 100 mil euros mensais pelo aluguer de equipamento e das instalações em Paris. A CLP TV emitia desde 2 de Julho de 2007, mas já tinha suspendido as emissões - oficialmente por "razões técnicas e administrativas" - desde o dia 7 deste mês. Fundada por 30 grandes empresários portugueses em França sem qualquer experiência no sector audiovisual, a empresa conheceu diversos problemas durante a curta existência, essencialmente devido a conflitos permanentes entre os accionistas. No total, os empresários terão investido no canal cerca de 8 milhões de euros.
Apesar das tentativas do Expresso, não foi possível contactar, na manhã de hoje, com nenhum dos 13 membros do CA. António de Sousa (director-geral, patrão de empresas de construção e de imobiliário) e César Jerónimo (director-geral adjunto, dono de mais de 200 táxis da região parisiense) são dois dos accionistas que mais investiram na CLP TV. De acordo com uma fonte da redacção do canal, os principais obstáculos para a afirmação da TV portuguesa em França estão relacionados com o facto de ele ter sido criado por "30 pessoas que não gostavam umas das outras e terem um desconhecimento absoluto sobre a gestão de uma empresa de TV". "Nem sequer criaram um verdadeiro departamento comercial para vender publicidade", explicou a mesma fonte. A CLP TV vai sair na sexta-feira das instalações que ocupava na rua Cognac Jay, em Paris. Joaquim Santos, que terá prometido o pagamento da totalidade dos salários no fim deste mês, infomou os empregados que a empresa não declara falência porque, eventualmente, "pode regressar à actividade". |