A noite eleitoral na sede do Partido Socialista francês mais pareceu as presidenciais norte-americanas de há quatro anos.
Quem levou a melhor foi Martine Aubry, a rival número Um de Ségolène Royal, com apenas de 42 votos de diferença.
A luta entre as duas adversárias da segunda volta foi renhida, ambas as máquinas de campanha proclamaram vitória, um dos lados pediu recontagem dos votos.
Isto porque quando fecharam as urnas às 22 horas, toda a dinâmica de vitória estava do lado de Ségolène Royal.
Um dos porta-vozes de Royal marcou uma conferência de imprensa para dizer que não íam deixar roubar a vitória.
Em pouco tempo, tudo mudou, ao princípio da madrugada caíu o balde de água fria para a antiga candidata presidencial.
Um dos novos elementos de peso no seio do partido deu a notícia e que Aubry estava mesmo na frente da corrida.
Três horas da manhã: reunião de emergência do “staff” Ségolène Royal. À saída do encontro, uma reivindicação: a recontagem dos votos.
Mas por enquanto, contar os votos outra vez está fora de questão, mesmo com a denúncia de irregularidades em algumas urnas. O ainda secretário geral do partido, François Hollande,
considera que há um resultado conhecido que deverá ser validado na semana que vem em sede de Conselho.
É o fim do sonho de Ségolene Royal.