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Assanha da paz teme ser 'soterrada' com linha do TGV

A linha ferroviária de alta velocidade está a gerar vários protestos da população que teme danos irreparáveis, como é o caso de Assanha da Paz.

A linha ferroviária de alta velocidade no concelho de Pombal está a gerar vários protestos da população que teme danos irreparáveis em vários locais e mesmo o "enterramento" de uma localidade, a Assanha da Paz.

"Para aqui está previsto um grande aterro", explicou Humberto Lopes, secretário da Junta da Almagreira, apontando para a localidade da Assanha da Paz, onde existe uma capela, uma escola e várias casas. Admitindo que o projecto em fase de execução contemple outras soluções técnicas, Humberto Lopes denuncia aquilo que considera ser "falta de resposta" da empresa RAVE sobre as dúvidas manifestadas da população.

"A linha (escolhida na avaliação de impacto ambiental) tem uma margem de erro de 25 metros e uma faixa de 400 metros" pelo que "ninguém sabe ao certo quais as casas que vão ser destruídas", acrescentou o autarca, que tem ouvido as queixas da população.

Fátima Gomes é uma das pessoas que pode ver a sua casa demolida, em Barros da Paz, devido à passagem da linha ferroviária de alta velocidade, mas "de concreto" nunca soube nada. "Fomos avisados pela Junta e já vimos técnicos a fazer medições" mas "nunca nos disseram nada", afirmou Fátima Gomes, que vive há 20 anos naquela casa, construída com "muito cansaço e suor" em terrenos de família. "Isto é uma tristeza. Esta é a minha terra e vai desaparecer", disse, apontando para o morro onde se localiza a sua habitação e deverá ser parcialmente destruído para permitir a passagem do comboio.

O facto da linha não poder ter grandes oscilações de curvas ou declives vai obrigar a "cortar a direito" por entre veredas e terras, dividindo comunidades locais de uma "forma definitiva", desabafou Humberto Lopes.

Jorge Ferreira foi emigrante na Suíça e é agora dono de um lar de idosos no Paço. A linha férrea vai passar a poucos metros, destruindo a "paz que escolhi" para receber os utentes. "Tenho 24 idosos e estou em obras para passar para 33 lugares" mas "acho que isto vai tudo por água abaixo" porque o "descanso vai desaparecer", acrescentou.

A apoiar a luta das populações está a Câmara de Pombal, que vai reunir com juristas para impugnar o processo de escolha do corredor.

O TGV "vai ter um impacto terrível sobre a qualidade de vida das populações" e embora o concelho de Pombal admita a necessidade de vir a ser atravessado pela linha, o vice-presidente da autarquia, Diogo Mateus, quer que os estudos estejam "bem feitos". "O processo deve ser muito bem estudado e é certo que não vamos fechar a porta a acções judiciais", explicou o vereador.

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