A abertura da SIC ao Domingo costuma por hábito ser um programa infantil, Club Disney, mais uns desenhos animados que apesar de ir fazer 52 anos, e achá-los um pouco apatetados, costumo ficar a ver para relaxar ao domingo depois de uma semana de trabalho.
Mas hoje, fui confrontado com a discussão sobre o regresso a Inglaterra dos Mccan. Ora, este retorno com todo a parafrenália dos média levanta novamente um «histeria» televisiva tanto nacional como internacional. A SIC, a SKYNEWS estavam ambas a dar a notícia da ida dos Mccan para Inglaterra. A jornalista que estava no aeroporto, é uma das s´´eniors lá do sítio, não se tratando de nenhum estagiário dessa cadeia televisiva, aliás todo o circo mediático à roda deste caso, fez deslocar à Praia da Luz os pesos pesados desta cadeia de televisão, e este facto parece apontar que só estes pesos pesados poderiam realmente contar o assunto com alguma discrição e parcimónia, coisa que os pais da Maddie não tiveram.
Segundo o que era relatado na SIC, provavelmente amanhã, serão intensificadas as buscas na Praia da Luz e nas zonas envolventes para se descobrir o corpo da Maddie, também se não for amanhã, deverá ser um dia destes, pois que o circo mediático foi bem armado e nunca deixaram a polícia realizar a tarefa adequadamente, pois que tanto pais como meios de televisão ao estarem constantemente a seguir todos os movimentos da PJ levaram a que esta não pudesse dar nenhum passo, sem que fosse filmado e gravado, além do que levou a especulações de toda a ordem.
Como psicólogo de profissão, tenho ouvido as histórias mais absurdas e rocambolescas, já tive que prestar juramento como técnico que sou em tribunal, para dizer que somente tinha visto uma garota em grande estado de depressão emocional, mas o porquê dessa depressão emocional eu não sabia a razão, mas que depreendia das nódoas negras que ela tinha nos braços que se trataria de violência familiar, mas que não podia adiantar mais nada, visto que a jovem pouco me disse a não ser uma frase, «o meu pai pegou-se comigo», de facto, o pai dessa jovem estudante, pegava-se demasiado pois que a violava na casa de banho da casa, ou pelo menos nessa divisão da casa. No entanto, se não tivesse sido a intervenção de uma tia paterna, o caso nunca teria ido a julgamento, mas a irmã deste sujeito resolveu por as coisas em pratos limpos, e conseguiu que realmente a jovem fosse vista pelos médicos e psicólogos hospitalares, tendo todo o caso desaguado nas barras do tribunal com julgamento à porta-fechada, por ela ser menor.
Mas em 1987, altura em que abri o meu primeiro consultório na margem sul de Tejo, apareceu-me uma avó com dois netos (um rapaz e uma menina) muito aflita pois que eles estavam a dizer umas coisas muito esquisitas que lhes tinham feito, numas obras da zona. Depois de falar com os moços e de ter registado aquilo que eles diziam, tive que fazer o meu primeiro relatório para o posto da GNR local e encaminhar os moços para o Hospital do Seixal, para serem observados por médicos de medicina legal, no sentido de verem o que se passava. Fiquei a saber que passado poucas horas da observação no hospital, um dos operários das obras foi preso e remetido a julgamento devido a abuso de menores.