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d'origine-----
De : VOZdoPOVO
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Envoyé : jeudi 28 juin 2007
17:11
À : Undisclosed-Recipient:;
Objet : "Sobras"
“Sobras” e “fora de prazo” Prós Pobres Portugueses
MINISTRO DA SAÚDE
QUER DAR AOS POBRES OS MEDICAMENTOS FORA DE PRAZO
Manuel Abrantes
Depois da bacorada do ministro Mário Lino sobre o “deserto
da Margem Sul” surge, agora, uma nova bacorada. Só que, desta vez, o brinde do
disparate partiu do ministro da Saúde, Correia de Campos.
Segundo a TSF, o ministro Correia de Campos, quando intervinha numa
conferência na Ordem dos Economistas, sugeriu que os remédios fora de prazo
deveriam ser entregues aos pobres.
O ministro respondeu assim a uma questão levantada por um dos
participantes, que exibiu saco com medicamentos fora de prazo no valor de 1.700
euros, e perguntou ao ministro o que se deveria fazer neste caso.
Correia de Campos não esteve com meias medidas e respondeu com
prontidão: «-Certamente essa Associação a que pertence tem pobres inscritos.
Talvez pudesse facultar esses produtos farmacêuticos para serem utilizados».
Pronto está resolvida a questão dos medicamentos fora de prazo: -Dá-se aos
pobres!
Se um pobre morrer pela ingestão de medicamentos fora de prazo, não há problema
nenhum: è menos um pobre a chatear.
Com ministros-amigos destes, para que serve aos pobres ter inimigos ?
O problema, no final, não está na bacorada, propriamente dita, pelo ministro.
Está no sentimento que alguns ministros, deste governo, têm sobre as classes
mais desfavorecidas.
E o mais irrisório de tudo isto é que o governo diz-se: “socialista”.
Lembram-se os leitores da frase popular que diz: não presta, dá-se aos porcos ?
Semelhanças com isto?
Tire o leitor as suas próprias ilações.
Manuel Abrantes
Nota: Já depois de terminada esta peça o
Ministério da Saúde esclareceu que o ministro se referia a sobras de
medicamentos deixados nas farmácias e não a remédios fora de prazo, quando
aconselhou a entrega dos desperdícios «a pobres».
Terá sido uma desculpa ou uma tentativa para “pôr àgua na fervura” ?
“Sobras” e “fora de prazo” não andam muito longe uma da outra.
Manuel Abrantes