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Casal de idosos doentes abandonados a miseria - Tomar Portugal no ano 2007 -

 Nem têm dinheiro para cuidar da saúde Casal de idosos doentes abandonado à miséria Ricardo Graça O casal de septuagenários sobrevive como pode. O marido cuida da casa e da sua mulher Um casal de idosos de Tomar vive numa casa sem as mínimas condições de habitabilidade, onde falta quase tudo, em especial dinheiro para comprar comida e também saúde para Guilhermina e Manuel Gonçalves. Dos sete filhos que criaram, nenhum ajuda os pais, que ainda cuidam de um neto de 15 anos.

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 Um quarto com seis metros quadrados, onde se destaca uma imagem de Nossa Senhora de Fátima e molduras com fotos do casamento dos filhos, de um lado, e uma pequena janela do outro são praticamente as únicas coisas que Guilhermina da Purificação Gonçalves, de 76 anos, alcança com a vista. A sua vida é feita ali, numa velha e desconfortável cama, à qual a sua vida está agarrada depois de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Era uma mulher “cheia de vida, que nunca parava quieta, nem de noite”, conta o marido, Manuel João Gonçalves, de 75 anos, adiantando que trabalhava nas limpezas e servia em casamentos e baptizados, mas quando chegava a casa ainda tinha energias para fazer colchas de renda e pôr tudo em ordem, para que não faltasse nada à família. Há 14 anos tudo mudou, quando sofreu o AVC que a atirou para uma cama, de onde só sai numa cadeira de rodas. “Estou farta de sofrer, nunca tenho um carinho, um mimo dos filhos, que nunca vêm ver a mãe nem trazer um bolinho”, desabafa Guilhermina Gonçalves, acrescentando: “Ajudei tanta gente e agora é muito triste estar aqui sempre sem ajuda nem apoio de ninguém.” No dia-a-dia, o casal é apoiado pela amiga Dina Maria, que vai lá a casa todas as semanas para cuidar da higiene pessoal e alimentação da idosa. Mas os cuidados diários estão a cargo de Manuel Gonçalves, é ele quem faz as compras e prepara as refeições para os dois. “Já tenho a ‘tabela’ nas mãos e sou eu que faço tudo e não me ralo nada”, conta o idoso. O pior é quando falta a comida, o que acontece várias vezes ao longo do mês, pois o casal vive com uma reforma mensal de 256,72 euros, que gasta em medicamentos e pouco mais. Desde há uns meses, deixaram de jantar e a última refeição que tomam é um lanche, ao final da tarde. Os dois idosos têm dificuldade em ver, em especial Manuel Gonçalves, que usa uns óculos de criança que achou. “Ando a estragar a vista, mas não vou ao médico porque não tenho dinheiro para comprar os óculos”, explica. O que lhe falta em saúde sobra-lhe em energia, pois recusa baixar os braços. Apesar das dificuldades, não negam ajuda a um neto de 15 anos. “Ele foi criado connosco e está muito agarrado a nós”, diz Manuel Gonçalves, enquanto mostra a parte da casa que serve de quarto ao Flávio. O pré-fabricado que há 13 anos serve de casa ao casal não tem as mínimas condições. É muito húmido e frio, faltam portas, tem degraus, o telhado são chapas de zinco e os melhoramentos feitos por Manuel Gonçalves apenas disfarçam as carências. Por isso, o grande desejo do casal é viver num rés-do-chão, para que Guilhermina possa ir à rua, com uma casa de banho digna.

correio da manha

Lien permanent Catégories : - Tomar - Ribatejo 3 commentaires

Commentaires

  • Nao ha direito..filhos assim mais valia nao te-los,nem vale a pena continuar!

  • é bem triste ... criaram filhos e nenhum é capaz de olhar por eles !! da mesma forma que os pais tem que cuidar dos filhos, os filhos tem obrigaçoes alimentares,
    e de apoio para os pais !!

  • Senhores Politicos!!!!

    Amanhã estarão vocês neste estado. Que tal criarem Leis que punam os filhos que cometem esta atrocidade??

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