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De : Opinião.do.Cidadão
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Envoyé : mercredi 13 décembre
2006 17:52
À : Undisclosed-Recipient:;
Objet : PORTUGAL ÀS ESCURAS
QUANDO UMA MULHER DA NOITE PÕE
PORTUGAL ÀS ESCURAS
de: Manuel Abrantes
O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, vai
revelar as medidas que vão ser tomadas pelo Ministério Público quanto às
denúncias feitas pela ex-companheira de Pinto da Costa, Carolina
Salgado, relativas ao processo Apito Dourado.
Estas denúncias são referidas no livro lançado, no passado
fim-de-semana, por Carolina Salgado e que está a ser analisado por responsáveis
da Procuradoria-Geral da República.
O Procurador da República disse ao Jornal “PÚBLICO” que "todos
os factos que constem no livro e que sejam indícios de crimes públicos serão
alvo de uma investigação por parte do Ministério".
È com pompa e circunstância que a comunicação social tem feito um
alarido infernal sobre as denúncias de uma tal Carolina
Salgado sobre a vida do seu ex-companheiro, Pinto da
Costa, e o seu alegado envolvimento na
telenovela “apito dourado”.
Não sendo um apaixonado por Pinto da Costa (até sou
benfiquista…) entendo que o grande “crime” por ele cometido foi de ter uma
noite (ou mais) frequentado casas de alterne. Agora, tem o reflexo por se ter
aproximado desse mundo e convivido dentro dele. È o que acontece quando se anda
na zona mais negra das noites de folia.
No seu livro, (segundo dizem porque não o li nem o vou ler) Carolina
Salgado denuncia alegadas situações de corrupção
desportiva, evasão fiscal, violação do segredo de justiça, agressões, perjúrio
e fuga à justiça, que envolvem o presidente dos «azuis e brancos», Jorge Nuno
Pinto da Costa.
Foi preciso que uma mulher da noite, zangada por ter sido posta à
margem pelo homem com quem conviveu, viesse a público denunciar situações que a
Justiça, por direito e dever, já deveria ter tido conhecimento ou suspeitas de
tal.
O intitulado processo “Apito Dourado” têm-se arrastado ao longo do
tempo sem que a opinião pública conheça a sua verdadeira dimensão e os
verdadeiros implicados nos crimes. Não tem passado de suspeitas encima de
suspeitas, o que dá origem a especulações, acusações e ao aproveitamento
mediático do caso.
Quando os processos se arrastam ao longo dos tempos a comunicação
social transforma-os numa autentica telenovela para consumidor mastigar.
Num País onde pouca coisa acontece, casos como este são a alegria da
comunicação social para vender papel ou aumentar as audiências.
Apitos Dourados, casos Mateus, etc, etc são o alimento das
discussões futebolísticas e o entretenimento da malta. Depois venham-me dizer
que o regime do Estado Novo é que se “sentava” em cima do fado, futebol e Fátima. Manuel Abrantes